AD HOMINEM

Francisco de Paula Melo Aguiar

Infeliz o noticiário nacional se refere a chuvas e mortes, principalmente nas regiões metropolitanas das maiores cidades do Brasil, a exemplos de Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro.

Os argumentos são relacionados a fenômenos diversos da natureza que provocam e ou aumento do volume de chuva forte.

Alerta em todos os sentidos, inclusive com as lesões provocadas por água viva pelos frequentadores das praias.

As políticas públicas sobre a defesa civil diante das chuvas com bueiros entupidos com lixo de toda espécie, salvo melhor juízo, deve estar passando pela limpeza necessária porque é melhor prevenir do que remediar. Será!?

Na política nacional, o bloco de pretensos candidatos a prefeitos, vices e vereadores tem se antecipado aos festejos carnavalescos. Começou a corrida de tapinhas nas costas e apertos de mãos...

As redes sociais estão cheias de golpes de todas às espécies, vendendo facilidades para vender e comprar tudo, inclusive cursos de formação para os futuros candidatos aos cargos antes citados ganharem as eleições, bem como estão vendendo até bolsas de estudos para Educação Básica e Superior, em colégios e faculdades famosas, a turma vende tudo e na entrega. Cuidado o mundo das redes sociais é ilusão real e muita esperteza de fachada. Oferta grande demais é golpe. É comprar, pagar e não receber.

E os empréstimos consignados são outros mitos das facilidades atuais e encontrados nos postes e redes sociais.

Isso mesmo: "As redes sociais dão o direito de falar a uma legião de idiotas que antes só falavam num bar depois de um copo de vinho, sem prejudicar a humanidade. Aí, eram rapidamente silenciados, mas, agora, têm o mesmo direito de falar que um prêmio Nobel. É a invasão dos imbecis", na visão de Umberto Eco (1932-2016), escritor, filósofo, linguista e bibliófilo italiano.

E os telefones dos usuários recebem ligações diárias até da caixa bozó, oferecendo tudo no céu, na terra e no inferno. Quem se arrisca? Perde o dinheiro e a paz emocional.

Os programas de rádio e televisão estão cheios de entrevistados e entrevistadores bem "intencionados", para ajudar e ser ajudado a passar a ideia de que estão pré-candidatos para resolver os problemas pessoais e não do povo, futuros eleitores visgados por sofismas idiotas e sem solidez.

E até porque: "quem não pode atacar o argumento ataca o apresentador", no dizer do filósofo, poeta e escritor simbolista francês Paul Valériy(1871-1945).

Assim sendo, "Ad hominem" ou seja, o argumento em que se usam as próprias palavras do adversário para contestá-lo, cuidado tem golpe a perder de vista.

Todos e todas compram e vendem as mesmas facilidades que a população sonha que pode ter e não tem , porque "eles perdem o dia na expectativa da noite e a noite com medo do amanhecer", segundo o pensamento do filósofo grego Sêneca.