Meus insultos preferidos
Cês viram os comentários bizarros sobre o corpo da belíssima modelo e empresária Yasmin Brunet no BBB? Não sei o que mais me irritou: esse tipo de misoginia ridícula ou o fato dos energúmenos nem se esforçarem para criticar com mais categoria. Não sou saudosista, tá, mas cá pra nós, não se insulta mais como antigamente!
Euzinha aqui já fui acusada de algumas coisas nesta vida. Todas injustamente, diga-se de passagem. Mas o meu insulto favorito de todos os tempos sempre será o de “neoliberal selvagem”, bradado em meio à sala lotada, por um professor da faculdade.
De imediato, só percebi se tratar de uma ofensa pelo tom ríspido da voz dele e o olhar aflito dos meus colegas. Ainda um pouco confusa, contei pro meu pai ao chegar em casa, e ouvi dele um orgulhoso e sincero “parabéns, minha filha!”. Até agora não sei se o pior foi ter sido chamada de neoliberal ou de selvagem. Ou se foi meu pai ter achado que se tratava de um elogio.
Outro professor super meu fã me acusou de ser “mercenária”, na sétima série, quando perguntei se o trabalho valia nota. Já me imaginei, na proa de um navio, com tapa-olho e gancho no lugar da mão, avaliando ao longe com uma luneta qual atividade escolar valeria mais o meu esforço. Até me dar conta que eu estava confundindo “mercenária” com “pirata”. De qualquer forma, como boa adolescente, uma fora da lei.
Outro insulto top 5 da minha lista é o de “página virada". Esse eu recebi por carta, olha que chic! (ou seria, que velha!?) Sabem aquele episódio de Friends em que a Rachel deixa uma mensagem pro Ross dizendo que já superou ele, e o Ross nem sabia que ela gostava dele? Foi a mesma situação. O caritcha de coração partido virou a página que eu nem sabia que ele tinha lido.
Gente recalcada sempre vai ter. Como diz a Taylor: “haters gonna hate (hate, hate, hate, hate”). Mas vamos nos puxar mais nos insultos aí, galera. Me sinto um tanto ofendida com tamanho descaso com a língua portuguesa.
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