A espera

Sentado encolhido naquele banco esperava, horas depois de muitos embarques e desembarques perguntei quem estas esperando amigo? Este olho-me de cima embaixo e contou sua história: Na verdade não espero ninguém, depois do acontecido ficou a lembrança da sua chegada isso me fez tanto bem que a espera tornou um analgésico, um balsamo que ameniza meu sofrer.

Percebi que cutucar a ferida iria abri novos abscessos e a dor aumentaria, disfarçadamente mudei de lugar até meu ônibus chegar. No trajeto aquela cena, o episódio contado pela metade me acompanhou e não queria sair da cabeça. Quem espera- espera alguém ou alguma coisa? Mas assim sabendo que nunca mais vai voltar coitado isso pode ser uma doença, ou já virou uma obsessão? Precisa de ajuda de um profissional!!!!! Afinal as expectativas que criamos em coisas ou pessoas, muita das vezes pode nos frustrar. Precisamos encontrar limite na hora de criar expectativas. É preciso viver sempre com os pés atrás.