Sabe aquele dia que você acorda assim “hoje… esse dia… não tá pra mim…”? Lembrei que ontem tinha acabado a pasta de dente. Pensei no Cheetos “cebola e salsa” que comi ontem assistindo filme. “Minha gata deve estar com um hálito melhor que o meu.” pensei. Resolvi dormir “só um pouquinho de novo”, acordei umas CINCO HORAS depois sem saber meu nome e se estava falando português. O bafo?! Provavelmente estava pior. A missão era simples: descer a rua e comprar a pasta de dente. Mas, daquele jeito eu precisava ao menos compensar no cheiro. Tomei AQUELE banho e caprichei no Ck1. E – de boca fechada – saí. Passei no mercado, comprei as coisas. E resolvi descer mais… ir num outro comprar aqueles sachês gostosos pra Anna (quando eu compro Cheetos, me sinto culpado e compro sachê pra Anna, aí ficamos os dois juntos comendo lanche dia de semana sem o menor motivo ou comemoração de nada). Fui dar uma “curva” e minha sandália partiu. “Sabia que não devia ter levantado…” a rua lotada de turistas, eu andando com um pé calçado e uma sandália na mão; cara de ódio do universo. Encostei no caixa… os ricaços me olhando com cara de “É mendigo, ou é só maluco mesmo?!”. Proferi a seguinte frase: “Quero Whiskas… E uma SANDÁLIA!”. O moço do caixa apontou a área das sandálias com um rosto de quem prendia a risada. Voltei ao caixa e pensei “só falta o cartão não passar.”. Não passou. “Moço pelo amor de Deus, deixa eu ir em casa CALÇADO te mandar o PIX?”, ele fez que sim com a cabeça e eu vim pra casa. Entrei. “Ué. CADÊ MINHAS COMPRAS?!”, desci novamente… fazia calor. Geralmente eu desço pra comprar coisas 15h porque é o PIOR horário e vejo menos pessoas na rua, não pego filas, não converso com ninguém… Vale a pena. Cheguei lá, paguei a sandália (20 reais) e perguntei sorrindo (que quem tá errado sorri, né) se por acaso eu tinha esquecido uma sacola de compras de OUTRO MERCADO, ali. O saco estava no mesmo lugar… Cheguei em casa e escovei os dentes. “Minha sorte está mudando… ”, pensei. Agora eu posso falar sem matar ou adoecer as pessoas. Saí do banheiro, um cliente entrou na loja. Mas ele não entrou pra comprar qualquer livro; ele veio com dinheiro pra comprar O MEU LIVRO. “Minha sorte está mudando!”, pensei de novo, sorrindo. Agora eu vou ouvir Tom Zé… e tomar cafezinho. Como eu durmo geralmente às 2 da manhã, tenho nove horas de pura sorte pela frente.