Narrativas à dois
Quando nosso relacionamento começou, haviam flores, haviam corres que promoviam nuances de suavidades variàveis a essa vida à dois.
Haviam flores com espinhos, não nego; mais haviam oportunidades para que o amor se propagasse entre nós, não surtindo efeito esses espinhos!
Os dias eram germinativos, o que dava a sensação de certeza e do querer mais e mais. Sem haver nenhuma dúvida que pudesse nos causar separações.
Só que assim como a noite se aproxima, e enche os céus de escuridão, assim se fez para nós!
Você do seu lado, do seu jeito egoísta e isolado:
E eu sozinha sem saber o que estava ocorrendo!
Chegou o inverno...frio intenso, rupturas, geadas, o glaciar daquilo que um dia foi calor para nós.
Você se posicionou distanciando-se, fingindo sorrisos e se fechou...
Agora sou eu aqui e você do lado oposto ao meu.
As primaveras se foram...
Só ficaram as ilusões...
Só restou lembranças....
Você se fazia tão lindo em relação ao que dizias sentir para mim...
Veraneios propuseram-nos embarcações naufragadas em nosso amor(...)
Eu era como a cor dos oceanos:
Vívida, àvida e templária; mais um dia , você com toda ignorância de sua sutileza de agir; levou minha cor...meu coração e amor(...)
Só que a vida é enfadonha e nos propõe essas coisas...um dia sol, noutro chuva, chega-se nela os frios e medos, chega-se nela o clamor.
E pensar que se mostrara pra mim com sorrisos!
Fizeras tantas encenações cinematográficas que eu não as pude notar.
Eu não as pude porque não quis enxergar...
Tu, mostrastes cores, tempos e flores reverdejantes a mim.
E eu me esqueci de consultar a consciência e me cobrar para viver a realidade e não ilusão.
Você homem de sutileza, com sua nobre fala de amor sem fim; eu de finos traços apaixonados, caí no conto do vigário chegando agora ao fim.
Existe tempo ainda para mim?
Quem sabe um recomeço em meio a essa narrativa sem fim!