GERACÕES
Lá pelo início da década de 90, eu dizia e escrevia sobre "os filhos da creche".
Nessa época se consolidava a popularização das creches, como a grande evolução (ou involução) social-familiar, com a disponibilidade de espaços públicos e privados, onde são deixadas as crianças para que as mães pudessem ir ao mercado de trabalho. Ou ter uma vida social mais intensa.
Na época era algo novo, um novo conceito de formação familiar e condução na criação, educação e formação das crianças e por consequência das futuras gerações.
Claro, hoje nem é mais apenas um conceito. Já é uma realidade, uma necessidade, já integra hábitos, cultura e modo de vida e de forma irreversível, tendendo a maior abrangência ainda.
Se isso transformou as pessoas, fragilizando ou não suas emoções, seus valores atrelados as emoções, afetividade e entendimento sobre família, amigos, etc, é outo papo, outra conversa. Falar sobre isso é até meio que proibitivo, politicamente incorreto.
Hoje, já chegando na metade da segunda década do século XXI, tenho percebido uma nova forma de criar e formar filhos, família.
Depois de muito observar, estudar, acompanhar a questão, estou dando um novo nome às futuras gerações, que denominei de "os filhos do endomarketing".
Assim passei a denominar as futuras gerações, partindo da visão de que os bebês, as crianças atuais, principalmente em meio a classe média e "remediadas", são conduzidas pela vaidade dos pais, em exibicionismo marketeiro quase esdrúxulo.
As crianças são exibidas e conduzidas como peças publicitarias do marketing pessoal dos pais.
Com isso, veremos que características as novas gerações apresentarão futuramente.
Dos "filhos da creche" já sabemos. Dos "filhos do endomarketing" saberemos.