COFRAG, 60 ANOS
Francisco de Paula Melo Aguiar
Parece que foi ontem, seis segundos, seis minutos, seis horas, seis dias, seis noites, seis meses, seis anos, seis décadas.
O tempo passa que agente nem percebe a rotação e a translação.
Mentira vira verdade quando é repetida várias vezes, principalmente quando damos importância ao repeti-la.
Assim teve origem a ideia de aprender e ensinar em 5 de janeiro de 1964, tendo como local duas pequenas saletas anexas a casa 61 da mesma Rua Eurico Dutra, no mesmo Bairro Popular, na mesma Santa Rita, na mesma Paraiba, no mesmo Brasil.
Assim foi fundado o COFRAG - Colégio Francisco Aguiar (com o nome de Instituto Getúlio Vargas), em ti e por ti, porque conhecimento é poder e até porque: "As pessoas que têm sucesso neste mundo são as pessoas que se levantam e procuram o que querem, e, se não o encontrarem, constroem-no", no dizer do dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês George Bernard Shaw (1856-1950).
Fundei e construí o COFRAG/IESPA, aumentei-lhe seu prestigio local, estadual e nacional, enquanto o edifício majestoso de caliça e alvenaria realça no painel verde do sonho e da esperança santa-ritense, obra do homem.
Sim, uma história de lutas, conquistas e desafios, um menino de doze anos incompletos resolveu "fundar" uma escola, com apenas o antigo curso primário, sem formação docente e sem lenço e documento, apenas com ajuda de Deus e a permissão dos pais que deixaram ele brincar de professor no momento que nem sabia que 90 (noventa) dias depois, o Brasil mudaria de sistema político ou seja da democracia para a ditadura militar, que duraria mais de duas longas décadas, porém, deu tempo, mais que o suficiente para o menino professor, dá continuidade a sua alfabetização pessoal e profissional, para se chegar ao dia de hoje.
Obrigado a Deus e a todos e todas pessoas que viram o COFRAG a ser fundado e acreditaram que esta ideia era e é possível.
Em fim, nada disso seria possível se papai e mãe não tivessem aderido a ideia de deixar o filho primogênito brincar de ser professor, o que não foi diferente a adesão dos pais e das mães das crianças e adolescentes santaritenses que aqui estudaram e assim continuam até a presente data.
O ano de 2024 durará 12 (doze) meses para se contar em versos e prosas esta história sem pé e sem cabeça antes que se esqueça.