O BRASIL E O CARRO DE BOIS

O BRASIL E O CARRO DE BOIS

Na garagem uma linda Ferrari 0km, do lado de fora um carro de bois, ambos têm rodas - um com quatro o outro com duas. Os dois são capazes de carregar pessoas e cargas. Um é muito lindo e querido, símbolo de sucesso, riqueza, luxo; o outro símbolo de simplicidade, singeleza, tranquilidade, sonho da roça. No imaginário, o homem da cidade grande, sonha em ter a tranquilidade da roça, ao contemplar um carro de boi, viaja no tempo, desejando ter um dia de paz. Por outro lado, o homem da roça, ao visitar a cidade grande, se espanta com tanta correria das pessoas, quase se atropelando umas às outras, e, sozinho balbucia: que mundo louco, como vivem essas pessoas? que carro lindo na garagem do homem rico! Porém, não rende nada, é um desperdício. Entremeio à duas realidades, caminha o povo brasileiro. Nem Ferrari e nem o carro de bois, poucos são o que ficaram para trás do tempo e do espaço, porém vivendo a vida que Deus lhes deu, seguem conduzindo seu carro de bois. Voltar para a roça, já não dá mais, tomaram nossas terras, políticos, artistas, jogadores, tornaram-se fazendeiros. Poucos encontram emprego, as grandes máquinas dominaram quase tudo, nem para tirar leite das vacas é necessária a mão humana. Vive-se um paradoxo, o país que era de todos, tem se tornado o país de poucos. O Brasil de todos é como uma Ferrari linda e vermelha, que mesmo com um motor possante, não anda, porque não tem gasolina - não tem governo. O homem que antes vivia do que produzia a sua roça, perambula pelas cidades em busca de sobrevivência, ora catando latinhas, ou mesmo revirando o lixo para ver se acho algo do que possa se alimentar. Aos poucos o gado vai se agrupando na fazenda Brasil, e os fazendeiros dos três poderes vão controlando tudo, passando a viver uma falsa ideia de felicidade - picanha e cerveja para todos. Como gado marcado vai traduzindo a lógica do povo alienado, manipulado, sob qualquer bandeira, sob a cor vermelha, ideológica, de preferência da esquerda, sempre com o mantra do nós contra eles. A canga foi colocada no pescoço dos bois, exigindo-lhes maior energia, empreendendo força sem ter para onde fugir; O canzil, trelado à canga faz com que o boi mantenha seu movimento entre as duas estacas - STF e Congresso, assim vai seguindo o gado (povo) sem qualquer liberdade de movimento; A arreia é a peça que dá suporte e apoio às tábuas da mesa - PF e Exército; O cabeçalho liga o carro à canga que atrela os bois - o presidente; A cantadeira, é a parte do eixo que fica em contato com a parte inferior, fazendo produzir o som - é o políticos de direita que produz o grito, acionando os de direita que ficam na parte inferior da política; O fueiro serve para prender a carga ao carro - são as polícias que prendem, a despeito das ordens ilegais da carga que pesa sobre os mesmos; A mesa, é a superfície onde se coloca a carga - ministro da fazenda, distribuidor das rendas. Ainda, outras peças compõem o governo do Brasil, e que também é usada para forçar os bois a andar, é o ferrão - instrumento pontiagudo que machuca o boi, forçando-o a levar sua carga - são os brasileiros manifestantes, sem direito de ir e vir buscando justiça, e quando se arriscam, metem-lhes o ferrão. O país chamado Brasil, uma terra rica e próspera, com tudo para rodar como uma Ferrari a quilômetros de vantagem em relação mundo, apenas continua a ecoar o som do carro de bois que chia, os bois gemem, enquanto é governado pela esquerda comunista.