Fim de Festa

SEMPRE que findam as grandes festas? Onde se gasta até o que não se tem, eventos que os poderes públicos desviam dinheiro público para pagar cantores, bandas, estrutura e o escambau de gastos para proporcionar instantes de ilusão e frisson, tudo mancomunado com o capitalismo selvagem que só quer aumentar seus lucros, eu me recordo daquele poema lindo de Drummond; “E agora, José? A festa acabou..,”. O poema disseca a ressaca dos alienados, grande parte do povo.

Nada contra os festejos de Natal e Ano Novo, por exemplo, mas que fossem moderados, sem essa gana de gastar tanto, sem esse frenesi açulafo pela mídia, afinal essas festas tradicionais sempre existiram no passado e não exigiam tanto consumismo e auê. Eram eventos telúricos, ludicos, permeados de fraternidade e comumhão entre as pessoas. Era um tempo muito mais feliz. Eram festas familiares e de vizinhos e amigos. Todos éramos participantes ativos e não meros espectadores de pé batendo palhinhas para artistas medíocres.

Nada como reler o poema, passa a ressaca. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 02/01/2024
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