EFEITO ETÍLICO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Passado o efeito etílico das festas de ano novo, o Brasil como máquina propulsora de "Ordem e Progresso", volta aos trilhos para dá o pontapé inicial em todas suas atividades laborais, enquanto o carnaval não chega, assim como os festejos juninos, a campanha política e o final do ano outra vez.

O ciclo festeiro é anual e distribuído ao longo dos meses do nosso calendário civil que diverge dos calendários: fiscal e religioso.

É mesmo assim a humanidade, porque: "Das habilidades que o mundo sabe, essa ainda é a que faz melhor: dar voltas", segundo o nosso José Saramago.

Então passadas às emoções festeiras etílicas ou não, a partir de hoje, mão na massa para garantir o pão de cada dia, enquanto é tempo para ter dinheiro para comprar da cesta básica, pagar os compromissos assumidos e não honrados em 2023, portanto, tem saldo negativo que é gerador de desconfiança para quem deve, sabe que deve e não paga, prefere cair na gandaia etílica, rindo de si próprio, oferecendo abraço e aperto de mão, se passando por gente de sucesso ou vitoriosa e invocando em vão o nome do Criador dizendo: "Deus te pague", quando o Supremo nada deve e não é propriedade dele ou garoto de recado para atender tal blasfêmia.

O dinheiro de plástico, o popular cartão de crédito está pelas nuvens, porém, participou dos festejos natalinos e de fim e início de ano de mãos dadas com o PIX, isso mesmo, nossa gente é criadora de ideias extraordinárias.

E até porque:"Nunca é alto o preço a se pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo", ex-vi a visão de mundo de Friedrich Nietzsche.

Tudo atualmente se compra e vende com cartão de crédito ou débito, inclusive com o uso do jovem PIX, que é usado até para dar ofertas nas igrejas nos cultos das religiosidades, pagar o dízimo e ajudar via doação as instituições de caridade, que prestam serviços aos necessitados, que pode ser desviado do caminho filantrópico para engordar contas desconhecidas do projeto de Deus de dar de comer a quem tem fome e de beber a quem tem sede. O que não é regra, porém, toda regra tem exceções.

E na política o PIX libera milhões via o dedo do político que tem mandato e assim tem acesso ao gordo fundo partidário e as gordas subvenções do erário nacional, estadual e municipal no toma lá e dá cá.

Assim tem razão São Francisco de Assis quando afirma que é dando que se recebe.

É tempo de trabalhar e falar pouco.

Dinheiro ficou para se gastar e passar troco.

Era e é assim, antes, durante e depois.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 02/01/2024
Reeditado em 02/01/2024
Código do texto: T7966996
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