Zeca Muniz, o bebum
Inicialmente, abro um parêntese para apresentar minha homenagem à família Leopoldo. A meu amigo Erasmo Leopoldo Albano, esposo de Dona Rosimar Fontes e à toda família Leopoldo, Fontes, e os Costas, "Corretinhos", aos vivos e aos mortos.
Com todo respeito, contamos fatos ocorridos a partir dos anos sessenta, celebrando a memória daqueles que já se foram, e deixaram uma marca na memória coletiva de Picos e por isso, Zeca Muniz é inserido na galeria dos exóticos de Picos.
Zeca Muniz era um fino alfaiate, de família nobre de Picos, mas por ser de família nobre, não quer dizer que não tomasse umas pingas. Era consciente do que fazia... Certo dia, sabendo que não dava conta de ir a pé pra casa, tomou um táxi na Praça Félix Pacheco, a menos de oitocentos metros de sua casa na Rua Velha.
- Me leve na casa de Zeca Muniz na Rua Velha. O taxista entrou na rua indicada, contornou a praça em forma de “u” - hu minúsculo. Embora todos os lados da praça fizessem parte da mesma Rua Velha, ela era muito pequena! Depois de dar várias voltas sem que o passageiro mandasse parar, o taxista perguntou a uma senhora na esquina:
-Onde é a casa de Zeca Muniz?
Olhando pra dentro do táxi, Dona Rosimar vê o próprio Zeca Muniz e tomada de surpresa, calou-se. Zeca Muniz botou o pescoção pra fora e falou em voz alta.
- A casa de Zeca Muniz, você não sabe onde é não, coisa maluca!