A morte a procurou.
Sonhos em boa parte das histórias, são descritos como insights sobre desejos e emoções ocultas. Mas na boa parte das vezes, sonhos não fazem o menor sentido, trazendo coisas malucas, sem pé e sem cabeça, literalmente.
De uma conversa serena, a loucura se fez presente, recordo de pessoas correndo para todos os lados, era como se todas as pessoas daquele vilarejo corressem para a mesma direção, o quintal de dois senhores de idade. A dona da casa já não consegue andar como antes e eu como sempre tive bastante força, a peguei nos braços e corri para onde aquele ser não conseguisse nos pegar.
Infelizmente, o senhor ficou para trás e eu ainda carregando aquela senhora, não consegui o amparar, mas em segundos do segundo tempo, ele mesmo conseguiu se salvar. Aquele quintal cheio de árvores, como era salvo na minha imaginação, estava deserto, ao invés de plantas, havia cadeiras, muitas, para ser mais exata.
Em dado momento, precisei sair do local seguro e voltei para dentro da casa, que por loucura, se tornou um hospital que eu conhecia. Aquele lugar era um labirinto, tinha tudo de um hospital, mas estava vazio e com poucas luzes acesas. Entre idas e vindas por cantos iguais, encontrei a saída, escutando vozes a falar. Um ser de preto, com a cara de caveira e uma foice maior que seu corpo, passava procurando algo, da janela eu o avistei e me arrepiei. Corri para o mais longe possível e voltei para onde era seguro.
O lugar estava cheio de pessoas e rapidamente encontrei duas meninas que conheço muito bem. Caras iguais, mas comportamentos completamente diferentes. A mais gentil passou a me insultar de algo que não me recordo, mas lembro que brigamos e eu saí dali totalmente irritada.
Ao pisar o pé para fora, senti meu corpo gelar, a morte veio em minha direção com sede, não consegui me mover para correr, tinha algo me prendendo naquele espaço e quando ele já estava perto, acordo com uma pequena garotinha me puxando para acordar. Ainda bem que sonhos são apenas sonhos, espero esquecer desse.