Muito prazer, 2024!
Hoje fui tomada por uma pitada de melancolia… acordei bem cedinho, antes do nascer do sol. Fiz uma pequena viagem até o campo. Saí do carro e andei pelos pastos, sentindo a natureza, sorvendo a paisagem, ouvindo os animais: pássaros (destaco a pomba Fogo Apagou, porque amo seu canto…), vacas e bezerros, cachorros, galos, as seriemas… parei de caminhar e me pus a ouvir tudo a minha volta. Meus pensamentos foram ficando cada vez mais calmos e a melancolia foi escorrendo pelo chão empastado. Os braços da paz me envolveram num abraço calmo e feliz. Eu tive vontade de me deitar ali mesmo, no meio do nada, e ficar só ouvindo a natureza falar e eu, nada a retrucar ou argumentar ou dar minha opinião. Da minha boca, nem um pio. Mas tudo podendo experimentar e sentir. Só eu e a paz. Vez por outra pensava: “tenho de escrever sobre isso”, mas vinha outro pensamento delicado pedindo que eu só sentisse, porque agora a brisa passava por mim, afagando-me. O sol saiu e dourou toda a paisagem, cintilando as pontas do capim. Lembrei da canção:
“Se essa rua, se essa rua fosse minha,
Eu mandava, eu mandava ladrilhar.
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes,
Para o meu, para o meu amor passar…”
E emendei outro pensamento: eis-me aqui e agora, a um passo da nova rua que é o ano de 2024. Que seja um ano especialmente de paz para a humanidade. Que seja brilhante de luz.