Feliz Ano Velho

ESTAMOS na contagem regressiva para o advento de um novo ano que, com certeza, já nascerá velho. Mas muita gente está vivendo um frisson e com esperança - o sonho do homem acordado. Sou esperançoso mas não esqueço as desigualdades e nem as dores das guerras, o assassinato em massa de inocentes. Principalmente crianças.

Mas mesmo sentindo desalento me contenho para não cortar o barato de amigos e pessoas do meu entorno. Também mesmo amargurado jamais abandono minha fé na liberdade. Ela um dia será plena.

Sempre no último dia do ano transcrevo um trecho de uma das crônicas do professor Potiguar Matos. Trecho da de hoje:

“Guimarães Rosa disse que ‘a liberdade só pode ser um estado diferente e acima’. Os tapuias desfecham as flexão ervavas contra o céu. Sobe o grito selvagem na treva e na dor. Batem os pés. Tudo lhes pertence. A honra não, madame, diz o rei cavalheiro. Tudo se perdeu, madame, não a honra. A honra de uma nação é como o sol. Podem prendê-lo às montanhas. As nuvens podem velá-lo. Ele está lá. Caminhando belo e doirado sobre os tapuias que bailam. Também ele baila e cabriola e pula e canta, carregando nas mãos a madrugada”.

Paz e Bem para todos. William Porto. Inté.

Dartagnan Ferraz
Enviado por Dartagnan Ferraz em 31/12/2023
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