ENTRE A NOBREZA DA VERDADE EO ENCANTO DA MENTIRA ("Não ser descoberto numa mentira é o mesmo que dizer a verdade". — Aristóteles Onassis)
Iniciei uma jornada singular, um delicado balé entre a verdade e a mentira, uma narrativa tecida pelas artimanhas do destino. A mentira, com seu charme sedutor, frequentemente se disfarça de realidade, atraindo a humanidade com suas histórias envolventes. Ah, como somos cativados por uma história bem contada, mesmo que seja apenas um conto para adormecer os incautos.
No entanto, ao mergulhar neste oceano de enganos, surge uma reflexão: será que desvalorizar a verdade é o caminho certo? Essa ideia de que nenhuma verdade é tão importante pode ser um pouco deprimente. Às vezes, a verdade também tem seu valor, mas quando obsoleta é mentirosa. O que fazer? A vida, meu amigo, é um jogo de truques, onde cada um, à sua maneira, manipula as peças do destino. Parece que é assim que o jogo funciona.
Acreditar na própria mentira é, admitamos, um pouco louco. Mas, o que fazer? O ser humano, esse ser complexo, muitas vezes se engana de maneira impressionante. Repetir até que a mentira se torne verdade é uma espécie de auto-hipnose, um truque psicológico que alguns habilidosos utilizam para construir suas próprias realidades.
No entanto, falar a verdade, apesar de sua nobreza intrínseca, enfrenta suas próprias batalhas no campo da aceitação pública. Afinal, meu amigo, se o povo não acredita, é porque está difícil. Numa era em que é mais fácil enganar do que convencer, a verdade muitas vezes parece ser uma utopia inalcançável. A aparência das virtudes é o truque, meu amigo! E quem se gaba das virtudes só porque as tem, nem sempre se dá bem. Às vezes, é melhor parecer do que ser de verdade, entende?
E quanto àquela história de Deus criar o Demônio como o pai da mentira, bem, cada um interpreta à sua maneira, não é? A verdade, meu amigo, às vezes, dói, e nem todo mundo está pronto para enfrentar essa dor. Quem trabalha com astúcia sabe que, de vez em quando, tem que moldar a verdade. A boca fala do que o coração está cheio, então é melhor enchê-lo de coisa boa, senão vai sair cada bobagem por aí. Entendeu?
Assim, entre verdades, mentiras e as nuances do jogo da vida, percebo que, no fundo, somos todos jogadores neste tabuleiro, cada um com suas estratégias e artimanhas. Às vezes, é preciso dançar conforme a música, mesmo que a melodia seja um tanto dissonante. E, quem sabe, no emaranhado de enganos e verdades, possamos encontrar a harmonia que nos faça transcender as artimanhas do cotidiano. Pois, meu amigo, na crônica da vida, a escrita é fluida, e cada capítulo nos reserva surpresas e desafios, onde a verdade e a mentira se entrelaçam, dançando um balé eterno. Assim seguimos, narradores e protagonistas, em busca da crônica perfeita que é viver.