Um voo de despedida
Naquela tardinha de outono mais parecida com verão voavam rasantes cortando as verdejantes campinas, mas tinham que atravessar a estrada dos velozes carros possantes.
Numa dessas fatalidade do destino um desviou outro se chocou no duro para-brisa e as penas descerram plainando no ar até cobrir o chão preto quente daquele dia ensolarado.
Na copa da arvore estava triste a sobrevivente buscando entender o ocorrido que ceifou a vida de sua companheira. Nesse paralelo na esquina do destino posso entender o que se passa na cabeça de quem ficou, só entende a dor quem viu partir para sempre um amor verdadeiro sem deixar lacunas para ser preenchidas, mas um vazio enorme pra toda vida.
Vá! Pombinha solteira buscar alento em outro lugar da mata se puder, caso conseguir me avise esse milagre que sucedeu já vivo buscando entender o porque dessa ruptura instantânea de dois corações que se amavam.