O ELIXIR PROPICIADO POR BRINCADEIRAS E JOGOS

Vou tentar desenvolver neste texto um assunto que prezo e não abro mão, mesmo depois de ingressar na fase sexagenária. Aliás, eu seria sim uma pessoa muito triste, se não participasse de jogos e não levasse adiante a molecagem das brincadeiras desde a distante juventude, mesmo aquelas hoje consideradas politicamente incorretas.

Nas muitas décadas dedicadas quase que exclusivamente ao mais prestigiado esporte bretão, pude vivenciar quantas emoções, quantas celeumas e porque não quantas comemorações tanto no futebol jogado ou assistido in loco, quanto aquele visto na telinha.

Brincar com características pessoais sejam elas positivas, ou negativas, tanto entre amigos e parentes, como colegas de trabalho, sempre foi uma forma personalizada de comunicação e aproximação, pois na minha concepção, a vida fica bem melhor, quando conseguimos a felicidade de sair do lugar comum.

Praticar esportes ou criar brincadeiras propiciam momentos únicos, fortalecendo convívio social, nos colocando num lugar atemporal, independente da idade, pois naquele momento, toda energia está voltada para a busca da vitória, fazendo leituras, recorrendo a estratégias etc., mas mesmo que ela não venha com o sabor da competição também carrega uma satisfação, uma espécie de atração irresistível, um canto da sereia do bem.

Minha migração para o tênis, veio em boa hora, pois neste esporte, a princípio se restabelece uma premissa ética importante, ninguém deve tentar levar vantagem, aquela famosa “Lei do Gérson”, que durante muito tempo serviu de lema para oficializar a desonestidade. Nesta modalidade esportiva, os dito espertos costumam ter vida curta, pois sua rejeição será exposta e conhecida pela comunidade.

A palavra lúdico tem origem na língua latina, ludus, significa jogo, divertimento, entretenimento, brincadeira, melhor dizendo ato de brincar. Friedmann (1998) e Araújo Lima (2014), não fazem diferenciação entre a palavra lúdico, utilizam a mesma palavra para os termos e sentidos supracitados. Desse modo, uma atividade lúdica é algo que quando realizado causa prazer, diversão a pessoa que participa da ação, caracteriza uma sensação de bem estar físico e psicológico

Brincar, segundo o dicionário Aurélio (2003), é "divertir-se, recrear-se, entreter-se, distrair-se, folgar", também pode ser "entreter-se com jogos infantis", ou seja, brincar é algo muito presente nas nossas vidas, ou pelo menos deveria.

Brincar não é só um momento de lazer e fantasia, é também uma estratégia que a natureza nos deu para que pudesse se desenvolver. “Brincar serve para aprender, para experimentar, para resolver. Serve para pôr afeto, movimento e paixão onde só existia razão”.

Brincar oferece benefícios, como construção de confiança, empatia, otimismo, flexibilidade, abertura, foco no presente, perseverança, equilíbrio emocional e resiliência, explorando o possível desenvolvimento cognitivo, desenvolvendo um senso de pertencimento.

Para adultos, brincar se constitui numa atividade essencial, alivia o estresse, evita o sedentarismo, cria condições para eliminar o individualismo e ainda melhora relações sociais.

O jogo é ferramenta que contribui na formação corporal, afetiva e cognitiva, e por ter característica lúdica, se torna mais atrativo e eficiente seu desenvolvimento, preparando sua inteligência e caráter, incorporando o conhecimento de quantidade e de espaço.

Aquele que brinca, incorpora a jovialidade que o esporte consegue, pelo menos momentaneamente iludir aquele corpo desgastado pelo tempo, mas que ainda preza a brincadeira entre amigos, majoritariamente vivenciando a mesma faixa etária.

Nada mais gratificante que aquela resenha do pós jogo, às vezes antecipada por situações no transcorrer do jogo. Tenho certeza que as pessoas que não se expõem às brincadeiras perdem muito de seu humor, e se transformam em pessoas menos espontâneas.

Portanto, vamos brincar!!!!!!

Alcides José de Carvalho Carneiro
Enviado por Alcides José de Carvalho Carneiro em 30/12/2023
Código do texto: T7965337
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