REMINISCÊNCIA DA MINHA CIDADE NATAL
Costuma-se sempre dizer quando vemos uma paisagem, por exemplo, de um lugar que há muito não se via o seguinte: "Nossa, como o tempo passa e muita coisa se transforma!" Tudo bem que admirar-se que o tempo passa pode ser uma premissa que ninguém duvida. Só que a segunda frase "e muita coisa se transforma" há controvérsia no seu sentido, uma vez que, um objeto, uma casa, por exemplo foi construída e permanecerá até o homem resolver demoli-la para construir outra melhor, mais confortável ou alguma intempérie avassaladora a destrui-la e assim por diante. Então, numa cidade com suas ruas ou avenidas, igreja, cemitério, praças, hospital, campo de futebol, bordel, delegacia etc. pode permanecer até quando a comunidade do lugar resolver fazer alguma modificação parcial ou integral e sempre para melhor. Partindo desta outra premissa, foi neste caso que a cidade onde nasci, com um pequeno número de habitantes e vida pacata, simples quando a deixei há mais de quarenta anos e agora a vejo, através de vídeos que os conterrâneos postam na Internet que ela além de se expandir, muitas coisas foram modificadas, acrescidas, como ruas bem pavimentadas e prédios furando o espaço do infinito, comparando com uma das coisas do tempo em que estive lá. Estou falando da torre da Igreja matriz, que parece que nela nada foi alterado. Estou me referindo simplesmente da torre, pois o prédio da igreja sim, pelo que se pode observar foi modificado, ampliado. Outra item que percebi inalterado foi a estátua no centro da praça central e finalmente uma grande elevação que era e ainda é denominado de Morro da Cruz, cuja melhoria foi as acomodações para as pessoas que pretendem lá subir para apreciar a bonita paisagem. Então é isso, o tempo realmente passa, mas as coisas é que são modificadas, alteradas, acrescentadas e melhoras sucessivamente em todo o lugar do mundo.