Impressões Sobre a Tranquilidade no Final do Ano

Em dias de férias e distante do caos que marcava semanas cinzentas, permeadas de preocupações, a calmaria se torna a personagem central do momento. O relógio, desvinculado de incômodos protocolos, permite que as horas fluam sem pressa.

Num café sereno, a pausa é metódica, um respiro necessário após enfrentar os pedregulhos que meses atrás desafiaram os ânimos. As lembranças dessas pedras no caminho se dissipam, cedendo espaço à tranquilidade que permeia o ambiente.

No lar, refúgio merecido, a calmaria é forjada pela conveniência de um oásis particular. A taça de vinho, longe de ser um luxo supérfluo, transforma-se em combustível para os sentidos, com aromas que evocam momentos efêmeros, mas preciosos.

Agora vivo a tranquilidade de escutar uma discografia de uma banda predileta, assistir um filme com meu pai e refletir várias vezes e de forma pormenorizada sobre problemas vividos ao longo do ano. Como também lembrar dos presentes ganhos nos últimos tempos, da pessoa especial que surgiu em meu caminho e de dias amorosos e felizes vividos ao lado dela.

O silêncio, ao ser ouvido, ressoa como uma melodia que acalma a mente. Não há mais a urgência do tempo limitado; há apenas o prazer de ouvir quem se ama, sem as amarras da pressa.

Acalentado pela calmaria após tanta tormenta, reencontro sensações perdidas em dias tumultuados. No final do ano, após duros acontecimentos e árdua paciência, sinto que encontro a paz que se aninha nos momentos simples e verdadeiros.

27.12.2023

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 27/12/2023
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