DEUS E O SOFRIMENTO
refletir sobre o paradoxo que envolve a existência de um ser supremo, onipotente e benevolente diante das tragédias que assolam o mundo. Scaramouche, imerso na diversidade de pensamentos que caracteriza os ateus e agnósticos, encontra-se diante de um dilema intrigante.
A vasta gama de religiões e crenças no mundo oferece uma tapeçaria complexa de perspectivas sobre a vida, a morte e o destino. O olhar crítico de Scaramouche, compartilhado por muitos que se identificam como ateus ou agnósticos, questiona a validade de uma fé que prega um Deus benevolente, mas que aparentemente permite o sofrimento e a morte indiscriminada, especialmente entre as crianças inocentes.
A tragédia que ocorreu na guerra do Iraque em 2023 serve como um exemplo angustiante. Milhares de Crianças que não escolheram a violência, mas foram vítimas dela, levam Scaramouche a questionar se a crença em um Deus que intercede nas questões humanas é realmente justificada. A fome que assola milhares de crianças em todo o mundo também desafia a ideia de um criador benevolente que zela por sua criação.
A prece por paz e saúde, tão comum entre os crentes, parece perder sua eficácia quando confrontada com a realidade do sofrimento humano. Scaramouche se vê confrontado com a aparente incapacidade de um Deus todo-poderoso de evitar o mal e proteger os mais vulneráveis. As interrogações se multiplicam diante da aparente desconexão entre as preces fervorosas e a realidade brutal.
Essa reflexão nos leva a considerar não apenas a existência de Deus, mas também a natureza desse ser supremo. Se é verdade que Deus é onipotente e benevolente, como justificar a presença constante do sofrimento? Vendo milhares de crianças morrendo de fome no mundo. Scaramouche, como muitos outros, está envolto em um diálogo interno complexo, onde a razão e a emoção colidem.
A busca por significado em um mundo cheio de tragédias e contradições é um desafio que transcende as fronteiras das crenças religiosas. Scaramouche, ao questionar a coerência entre a fé e a realidade, mergulha em um oceano de incertezas, alimentando a chama do pensamento crítico que caracteriza os que desafiam as normas estabelecidas em busca da verdade.
Scaramouche pensa: Deus criou o ser a sua semelhança, mas também o livre arbitro, deixou que o ser humano que é um animal racional, pode pensar como os outros animais que não tem fé e nem religião. A pessoa nasce e o resto é por sua conta. Se o humano através do seu livre arbitro fizer coisas certas trará benefícios na sua vida e não terá medo de nada mas se ele agir com maldade sua vida será curta e perigosa para si próprio e seus semelhantes. Scaramouche com 80 anos tem uma ótima vivência com a vida, mas sua fé é na ciência, na medicina, boas ações, se cuidar e ter sorte. Até agora teve.
Neri Satter – Dezembro de 2023 CONTOS DO SCARAMOUCHE