A PROBLEMÁTICA DA DISCRIMINAÇÃO... DO RACISMO... DO EGOÍSMO?! (1)
A mais dura, cruel e destruidora teoria sobre a realidade da discriminação, corroborada e patrocinada em seu aspecto geral, pelo egoísmo: O RACISMO E A DISCRIMINAÇÃO, NUNCA IRÃO CESSAR!
Em termos gerais, a mídia, a televisão, a internet, gostam muito do tema(?!)
Causam muita polêmica e não se vê perspectiva de uma solução plausível ao longo das próximas centenas de anos...
Eu sei... eu sei, existem pobres sonhadores e negros idealistas, que dizem lá: “com o esforço e dedicação é possível superar a discriminação e vencer e prosperar!” Até pode ser, superficialmente verdadeira, essa assertiva ou partes dela... pode prevalecer!
Porque no contexto geral, NUNCA será aceita! Alguém sempre irá ganhar e alguém sempre deverá perder...
Primeiro ponto, o rico, o milionário NUNCA aceitará tratar de igual modo um pobre. Um “novo rico” que seja. Dada a necessidade de confronto, buscarão pelas suas origens e no final, “jogarão na cara:’ VEJA DE ONDE VOCÊ VEIO!”
Ora, “estou a falar do branco pobre. Imagine-se o preto rico e o preto pobre!”
Nesse aspecto e por esse prisma, o negro é, então, triplamente desqualificado: PELA CONDIÇÃO DE NASCIMENTO; POR SUA COR E MESMO POR SEUS SUPOSTOS IDEAIS! Não interessa!
Talvez tenha sido por isso que uma certa personalidade, avaliando os “pros e os contras” e sem se importar com o que padecia sua gente, confortavelmente “instalado” na fama, no poder e na riqueza, NUNCA SEQUER “MOVEU UMA PALHA”, para defender seu povo! Viveu assim e morreu assim!
Mas, avaliando seu intelecto, o que tinha a perder se se colocasse do lado do mais fraco, pela ótica simplesmente do presente, é possível entender a contragosto o seu modo de ver e de pensar, sem contudo, lhe dá razão!
O rico, salvo raras exceções, não aceita de maneira nenhuma, o pobre...
Este, por sua vez, dada sua educação, não aceita de maneira nenhuma o negro...
Este, por sua vez, observado e analisado de todas as formas, por toda a sociedade, “sempre será a bola da vez!” Será tolerado! Será suportado! Mas, jamais será aceito...
E nem adianta aqueles velhos argumentos, por exemplo: “eu gosto tanto de preto, que tenho preto por amigo! ‘Minha mulher, meu marido! Etc., são da raça negra! São pretos”. Isso, não passa de CONCEITOS PARTICULARES INDIVIDUAIS... Nada modificando do racismo em seus aspectos abrangentes e suas normas institucionais, CONSTITUCIONAIS, flagrantemente arraigados... nas “entrelinhas!”
Então, é possível assim, concluir, que não existe Lei que coíba a perpetuação da discriminação e do racismo, em sua profunda conceituação de sobrevivência, vida e aspecto de convivência e união entre as pessoas, nesse aspecto!
Provavelmente... Não!
Pode-se identificar um ou outro discriminador e preconceituoso... Pode-se levar um ou outro à prisão, mas, o preconceito e a discriminação racial, permanecerá intocadas, no mais profundo recônditos de uma Nação, notadamente racista e preconceituosa!
Aliás, premissa básica e excelente, para a manutenção do ódio e do egoísmo entre as “espécies pensantes!”
Bem, no Brasil, pelo menos. No Brasil.
- (1) NAVIO NEGREIRO –Castro Alves - trecho: I
'Estamos em pleno mar... Doudo no espaço
Brinca o luar — dourada borboleta;
E as vagas após ele correm... cansam
Como turba de infantes inquieta.
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'Stamos em pleno mar... Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro...
O mar em troca acende as ardentias,
— Constelações do líquido tesouro...
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'Stamos em pleno mar... Dois infinitos
Ali se estreitam num abraço insano,
Azuis, dourados, plácidos, sublimes...
Qual dos dous é o céu? qual o oceano?...
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'Stamos em pleno mar. . . Abrindo as velas
Ao quente arfar das virações marinhas,
Veleiro brigue corre à flor dos mares,
Como roçam na vaga as andorinhas...
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Donde vem? onde vai? Das naus errantes
Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço?
Neste saara os corcéis o pó levantam,
Galopam, voam, mas não deixam traço.
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Bem feliz quem ali pode nest'hora
Sentir deste painel a majestade!
Embaixo — o mar em cima — o firmamento...
E no mar e no céu — a imensidade!
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Oh! que doce harmonia traz-me a brisa!
Que música suave ao longe soa!
Meu Deus! como é sublime um canto ardente
Pelas vagas sem fim boiando à toa!