Seu mundo é seu teto
Debaixo do castanhal à sombra das castanheiras do Pará ou com a rede armada nos bacabais do Maranhão, meu velho pai arranchava nas viagens em busca de ganhar o sustento para uma numerosa família constituída de quatorze filhos. Levava uma vida quase nômade. Embora tivesse residência fixa, nem sempre se fixava ali, a não ser no período das águas, ou no verão, por poucos dias, enquanto deixava alimento na ninhada. A grande águia,tinha por teto a abóbada celeste e por abrigo a copa de qualquer árvore. Assim é a história de meu pai, vivenciada e contada por ele mesmo.
Do livro
O Brasil nosso de cada dia