IDIOTA OU TOLO

Francisco de Paula Melo Aguiar

Não se sabe direito o que é idiota ou tolo.

Fazem confusão barata para encher o saco da pobreza de esperança e reacender o iluminismo educacional de que o Brasil terá in loco, educação de primeiro mundo, embora seja apenas proselitismo político com viés partidários de terra arrasada, uma vez que fazem confusão ao conceituar educação de "tempo integral" com "formação integral", ambos termos tem conceitos distintos em qualquer parte do mundo.

Uma coisa não é outra coisa? São sim, duas coisas.

Na escola de tempo integral, a coisa é o tempo integral, passar o tempo, isto é manter o(a) aluno(a) com mais horas dentro do recinto ou chão da escola, uma espécie de sequestro relâmpago ou prisão consentida, um simulacro de aprendizagem em oposição a escola de formação integral que tem um currículo com bases fundamentais em disciplinas e saberes científicos universais de língua portuguesa, língua estrangeira moderna, educação física com sua mente sana em corpo são, a arte com todos os seus gêneros e genialidades, em matemática como ciência exata e seu insubstituível raciocínio lógico, em história e geografia geral, nacional, regional e local, em filosofia como amor a sabedoria, em sociologia contando o que é e como funcionam às máscaras ideológicas sociais, sic. como contraponto existencial em correntes de esquerda, de centro e de direita em termos políticos, sociais, econômicos, educacionais, etc.

E até porque "o tolo revela todo o seu pensamento, mas o sábio o guarda até o fim", ex-vi Provérbios 29:11.

Tem idiotas e tolos de todos naipes ideológicos com paradigmas multiculturais formais e informais nos mercados das reformas e contrarefornas em todos seguimentos sociais desde que o mundo é mundo.

Por outro lado, o termo idiota tem origem também na cultura grega e significa pessoa privada, algo particular, portanto, em oposição a pessoa pública.

É fato que "a humanidade é composta de dois tipos de pessoas: os sábios que sabem que são tolos e os tolos que pensam que são sábios", segundo o filósofo grego Sócrates (? - 399a.C).

A não ser que se entenda a "idiotia", enquanto defeito puramente do gênero feminino, em suas vidas privadas, onde as mulheres seguem seus destinos, via caminho de incerteza e escuridão profunda, assim entendida, sic, como se fosse uma projeção de células de malformação no cérebro, salvo melhor juízo, o que é um absurdo generalizado, porque se tem "idiota" e "tolo" de ambos os sexos em qualquer sociedade.

Então, "não há quantidade de provas capaz de convencer um idiota", na visão do humorista e escritor estadunidense e crítico racista Mark Twain (1835-1910).

Por outro lado, ressaltamos de que não é pior ou melhor do que o defeito lunático masculino, onde o homem vive obcecado por política partidária e ou assuntos públicos com todos os seus contornos em cada coisa e ou objeto, embora não saiba os detalhes existenciais de sua natureza ao dizer o que é sem saber como é, fazer ou construir o que se quer saindo da escuridão temporal, como é por exemplo, o massacre implantado pela dicotomia: novo Ensino Médio X escola de tempo integral que não significa escola de formação geral, embora que ambas palavras sejam rimas manipuladoras do discurso público da atualidade e assim a "vaca" vai pastar no brejo e a juventude pobre pagará o "pato" nas décadas seguintes até que algum lunático de plantão no governo se digne fazer outra reforma da Educação Básica, isto porque "não existe essa história de imparcialidade, todo discurso é ideológico", no dizer do filósofo russo Mikhail Bakhtin (1895-1975).

Isso é uma partitura da nota "dó" os gargalhos manipuladores do novo Ensino Médio empurrado de goela abaixo à juventude que frequentam ou frequentaram a escola pública sem lenço e sem documento.

Em suma, sabe nada, não muda nada.