Como um barco...

E 2008 começa com uma carga negativa de coisas a serem feitas e com pressa! Entristece-nos a qualidade de educação que é realizada neste país; professores mal pagos e despreparados. Brinca-se de ensinar e vê-se o alunado brincar de estudar. No frigir dos ovos, todos perdem e o país mais ainda.

A deseducação gera violência e insegurança. Atravessamos o pior momento no que tange à segurança pública. Um caos! A sociedade vive amedrontada e infeliz. Mata-se o ser humano como se o fizesse com o animal irracional.

E quem vive deseducadamente e inseguro ou causando insegurança na população só pode mesmo é adoecer. E aí temos que nos remeter ao desastre nacional em que está atolada a nossa saúde pública. O caso aqui é de polícia também. O brasileiro tem morrido nas filas longas dos postos de saúde ou nos hospitais públicos e privados país afora.

Que país é esse então? Vivemos as biafras da educação, da segurança pública e da saúde. Nada mais terá conserto se esse tripé não for corrigido logo. A sociedade está à deriva e à mercê do olhar do Estado que não tem sido firme. Se o ano começa, nada mais justo e próprio do que reprogramarmos tudo isso e colhermos bons frutos.

Mas, se tudo isso vai mal, e o nosso Brasil político? Doente! Quase incurável, vitimado por uma doença crônica chamada corrupção. Herdamos de Portugal mazelas cruéis como os ditos degredados da coroa e aprendemos com as diferenças sociais a acrescentar o volume de nossos erros maiores.

Nossos políticos, eita! Elegemos mais inimigos do que mesmo legisladores. Os políticos executivos não executam o que não é legislado e por aí flutua o barco da desesperança, indo para lugar nenhum.

E há algo muito estranho enchendo o nosso olhar. E só lermos os jornais ou ligar o aparelho de TV para enxergarmos políticos e autoridades algemadas, indo presos. E o filme passa e a gente vê que aqueles que estão algemados e presos são os mesmos que discursavam sobre as propostas de esperança e em quem votamos com mais esperança ainda.Algo está errado!

E é fácil entendermos melhor tudo isso. Essas criaturas não lêem o que devem, não respeitam a sociedade, muitos nem berço tiveram e foram elevados à categoria de autoridade com o nosso voto enganador. Basta ouvirmos seus discursos de improviso por um instante para sabermos suas potencialidades. Há um vazio ocupando suas almas e é por isso que não devemos mais esperar por eles e sim elegermos os outros que, apesar de arredios dos palanques, estão trancafiados nas universidades, desenvolvendo pesquisas interessantes, produzindo de proteínas a espaçonaves. É chegada a hora dessa elite cultural, intelectual e profissional zelar por nosso país, aposentando de uma vez por todas esses quadrilheiros disfarçados de seres humanos.

O país que merecemos ter é outro: livre, educado, seguro e sadio. A geração que está sendo preparada por todos nós necessita de cuidados melhores e urgentes. Só com muito amor é que poderemos atingir um novo mundo, decente e próspero para nossos pósteros. A vida, quando é feita e tocada com amor, dura para sempre e o lodo não a desenfeita nem tampouco a ferrugem a come.