REVOLUÇÕES
Revolução é todo movimento popular com o objetivo de alterar a realidade.
Não existe revolução sem povo nem sem líderes atuantes que possam aglutinar os ideais.
De todas as revoluções que a História registra, apenas uma teve sucesso e se mantém com o passar do tempo.
Estou falando da revolução dos Estados Unidos da América.
Ao mesmo tempo em que se fundou a nação, aboliu-se a dependência da Inglaterra e passou da monarquia para a república pela união de estados legal e financeiramente independentes, sendo geridos pelos próprios cidadãos.
As outras revoluções ou foram sufocadas ou levadas pelas circunstâncias, murcharam e depois se repetiram em menores movimentos até conseguirem mudar o antigo status quo, como aconteceu na França.
Todas as revoluções com o rótulo de socialistas inspiradas nos insustentáveis postulados de Marx e seus seguidores, de 1917 até os dias atuais, foram transformadas em ditaduras pelos seus mentores. Genocidas, todos eles, com saldo estimado em mais de cem milhões de mortos na África, América Latina, Ásia e Europa.
Populações miseráveis, analfabetas, famintas, desprovidas das mínimas condições de higiene e saúde, sem teto e sem esperança tornam-se presa fácil da ilusão disseminada pelo discurso populista, onde parece que todo aquele sofrimento deve ser creditado na conta de quem produz, jamais na daqueles que detêm o poder e de quem dependem as decisões políticas de curto, médio e longos prazos para tornar a sociedade sadia e vivendo com a dignidade que o trabalho e a instrução formal propiciam.
Taxar de maneira irresponsável os meios de produção, degenerar os costumes, perseguir as religiões, destruir a cultura e a instrução formal, desestimular o empreendedorismo, negligenciar o uso crescente das chamadas drogas ilícitas, a saúde e a segurança da população, promover o êxodo rural e a inclusão em programas sociais daqueles que têm idade e condições físicas para se manterem pelo trabalho, é a fórmula correta para criar a legião de parasitas sociais, úteis para manter as regalias do déspota e seus seguidores mais chegados.
Tudo isso faz parte do decálogo de Lenin e dos ideais dos ditadores da atualidade, infelizmente, bem próximos de nós...
Até o final do século XIX, na América Latina e, principalmente, na Europa, quando a vida de privações era característica da maioria e as oportunidades de ascensão social eram praticamente inexistentes, era fácil arregimentar os descontentes para engrossar a turba revolucionária, afinal quase nada tinham a perder, mesmo que a revolução fosse solapada pelas autoridades que eram o alvo do movimento, mas isso antecedeu a revolução industrial e antes que fossem universalizadas as facilidades e melhores condições de vida que o capitalismo, ainda que de forma insipiente, propicia para todos aqueles que “arregaçam as mangas” e trabalham sem se preocuparem com férias paradisíacas em cruzeiros mundo afora ou gastos desnecessários além dos seus ganhos.
Ainda que em condições reduzidas pelo descompasso entre a produção e a distribuição da riqueza mundial, há zona de conforto generalizada e qualquer movimento revolucionário traz a reboque grandes perdas para os seus atores, assim como é notório que quando surge alguém com o propósito de esclarecer os desmandos das “autoridades” e demonstrar que a honestidade e o respeito ao diferente é a fórmula para o progresso de todos, essa pessoa ou grupo, é demonizado por todos os canais que a tecnologia disponibiliza e que estão a serviço de quem tem dinheiro para comprar a honra alheia.
Mas, a história é cíclica e como já aconteceu por diversas vezes, todos aqueles que hoje estão no ápice, fatalmente retornarão à base da pirâmide, porque independentemente da nossa vontade, os fatos se repetem...