MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO SEM ARMAS
Alguns ainda acreditam que só uma revolução salvará o mundo. Revoluções derrubaram monarquias, desbancaram governos corruptos, salvaram povos submetidos à fome e ao frio, enquanto a nobreza ou a elite, como se quer hoje, se empanturrava em festas.
Quase todas as lutas armadas começaram com um belo ideal, mas terminaram em totalitarismo e numa pequena casta se banqueteando enquanto a população sofria (algumas ainda sofrem) privações.
Não gosto dessas revoluções, ainda que historicamente considere que tenham sido necessárias, mas não vou falar sobre elas aqui.
Quero tratar de outro tipo de movimento revolucionário. Um movimento onde as armas não matem gente. Uma revolução que se inicie no íntimo de cada pessoa e se espalhe como um vírus do bem.
Para isso precisamos alargar nossos horizontes, abrirmos nossos corações, despirmos os preconceitos. No meu processo revolucionário a utopia é bem-vinda, desde que cada um de nós sonhe todos os dias em se tornar um ser humano melhor.
Que não avaliemos o outro pelo dinheiro que tem ou que se esforça para parecer ter. Que não meçamos ninguém pela roupa que veste ou pela cor de sua pele.
Na minha revolução o lema é o respeito às diferenças: eu lhe aceitarei como você é não me sentirei melhor que você, porque estudei mais ou porque tenho a pele mais clara.
Item dos mais importante será a convivência pacífica entre todos os povos, entre todas as religiões e culturas.
Enchem-me os olhos ver numa cidade cosmopolita pessoas de todas as cores, usando todos os tipos de trajes e adereços circulando livremente. Na minha revolução o mundo seria assim.
Não permitirei jamais cabeças cortadas, pois ainda sinto por algumas que rolaram há séculos. Não usarei os covardes paredões de fuzilamento. Não haverá prisão sem o devido processo legal. Não tolerarei o autoritarismo.
Não me candidatarei. Não sou uma liderança carismática. Não comandarei massas, portanto.
A minha revolução começará em mim: tentarei ser mais tolerante e menos preconceituosa.
Aliás, essa talvez seja a minha única meta em 2008. Uma boa meta e serei líder de mim mesma, torcendo por um mundo melhor naquilo em que posso contribuir. Sem esquecer o lema hippie que tão bem se aplica ao "meu" movimento revolucionário. "Façamos amor; não façamos guerra".