TINHA UMA PEDRA NO MEIO DA VESÍCULA, NO MEIO DA VESÍCULA TINHA UMA PEDRA...
Parodiando o egrégio Drummond apelo para esta expressão para relatar um fato que aconteceu comigo. Sem querer ser hipocondríaco como a minha saudosa mãe, certa ocasião, quando me sentia com uma dor que me incomodava, ao procurar um hospital conveniado, após passar um medicamento para aliviar o incômodo, enquanto aguardava alguns instantes para ser liberado, uma vez que a dor havia passado, eis que o mesmo médico se aproximou, assessorado por um enfermeiro e com empáfia, empunhando uns papéis, pediu para eu assinar, autorizando simplesmente minha internação, pois precisava ser operado. Segundo o dito cujo, eu tinha uma pedra na vesícula. Como me pegou de surpresa e achando aquela decisão muito rápida, não assinei o tal papel como chamei minha esposa e filho que me aguardavam numa sala contígua. E já ameaçando sair, falei daquela decisão e minha família foi anuente e só ouvi o tal médico dizer: "Olha, estarei aqui até às 6.00 horas". Em seguida deixamos aquele lugar, dizendo apenas: muito obrigado. Isto foi em 2011.
Em 2018, após um exame de rotina, por sinal eu não sentia nenhum problema de saúde, uma médica do convênio, após analisar um exame assim falou: "Vou encaminhar o senhor a um bom médico cirurgião para saber a opinião dele sobre esta pedra na sua vesícula". Como isto poderia ser feito naquele mesmo dia, não perdi tempo e fui ao endereço indicado. Não demorou muito, fui atendido pelo cirurgião que foi objetivo e sucinto: "O senhor está sentindo alguma dor?" Não, doutor. Estou bem tranquilo e espero continuar assim - respondi. "Pois pode continuar, por que vou mexer em time que está ganhando?" Muito obrigado, doutor - despedi-me. Depois desta, nunca mais agendei uma consulta de rotina com aquela médica gastroenterologista e nenhum outro. E em virtude disto, sei que estamos sujeitos de algum distúrbio no nosso organismo a qualquer momento, mas aquela frase continua na minha mente: "AS ÁRVORES SÃO COMO AS PESSOAS: NASCEM, CRESCEM E COMO NÃO TEM PÉS PARA IR AO MÉDICO, VIVEM MAIS".