Teatro dos Lobos
No palco de poderes, os “grandes” desgovernam
Na plateia do povo, os “pequenos” aplaudem
Incautos dos saberes eleitores hibernam
Na alcateia, os lobos, aos pequenos confundem
Cenários alagados de contradição
Em atos repetidos dos mesmos “atores”
A luz revela em dança a corrupção
As trevas instauradas em cena de horrores
A peça é ensaiada durante mandatos
Repete-se a cada nova posse à mão
Suspiros são roubados pelos candidatos
Suspende-se ao povo qualquer solução
Já nem usam, mascaras os ditos, mais
Em cada ato, o povo só enxerga a tragedia
Num celeiro a plateia suspira em ais
Aos soluços, sorrisos, o drama em comedia.