Ser ou ser eis a questão
Num elegante salão de debates, decorado com estantes de livros e cortinas de veludo, dois debatedores extremamente apaixonados estavam prestes a enfrentar-se sobre a questão de "ser ou ser" em uma discussão intelectual.
Do lado esquerdo do salão, o Prof. Raciocinus Brilhantus, um acadêmico renomado conhecido por sua lógica impecável. Do lado direito, a Sra. Emoção Eterna, uma poetisa vibrante que acreditava que a verdadeira essência da vida não poderia ser reduzida a meras análises lógicas.
Prof. Brilhantus: (com um ar de superioridade) Caros colegas e senhores presentes, hoje debateremos sobre a dualidade da existência, sobre ser ou não ser. É uma questão de racionalidade, de ponderação e, acima de tudo, de lógica.
Sra. Eterna: (com uma expressão teatral) Ah, querido Prof. Brilhantus, seu raciocínio é como uma equação sem alma. A verdadeira essência da vida está na emoção, na paixão que nos move. Ser é sentir, é experimentar cada batida do coração!
Prof. Brilhantus: (erguendo uma sobrancelha) Emoção? Minha cara, as emoções são efêmeras, passageiras como um sopro de vento. A verdadeira compreensão da existência está na frieza da análise lógica.
Sra. Eterna: (com uma risada calorosa) Mas, Prof. Brilhantus, a frieza não nos faz humanos. Seria uma vida vazia, como uma equação sem solução. A beleza está nas imperfeições, nas cores que as emoções trazem à nossa existência.
A plateia, composta por estudantes, acadêmicos e curiosos, estava dividida entre os que buscavam respostas racionais e os que ansiavam por uma conexão mais profunda com a experiência humana.
Prof. Brilhantus: (com convicção) A vida é uma série de eventos, uma sequência de acontecimentos mensuráveis. Ser é uma questão de presença física, de existir no espaço e no tempo.
Sra. Eterna: (com intensidade) Mas, Prof. Brilhantus, a vida é mais do que uma simples presença física. Ser é transcender, é sentir a pulsação da vida em cada momento. Não podemos nos contentar apenas com a análise fria dos fatos.
A discussão continuou, com argumentos afiados e poéticos sendo lançados de um lado para o outro. O salão ecoava com as vozes dos debatedores, cada um tentando persuadir a plateia com sua perspectiva única sobre a questão de "ser ou ser".
No final, enquanto a plateia refletia sobre as palavras proferidas, o moderador do debate encerrou o evento com uma observação sutil:
Moderador: "Ser ou ser eis a questão, de fato. Talvez a verdadeira resposta resida na habilidade de equilibrar a lógica e a emoção, reconhecendo que ambas são partes essenciais da rica tapeçaria da existência humana."