VIVER E AMAR POR SI SÓ VALE A PENA... 15h52min. (Reminiscências).
Bem sabemos que não temos a “obrigação” de cada dois ou três dia, colocar em nossa singela escrivaninha, algo de “novo”, mas, isto está acontecendo em razão da disponibilidade de tempo, desde abril de 2017, não saímos mais a trabalho, algo que foi feito por quase 50 anos, razão pela qual estamos acomodados em nosso “cantinho”, sem maiores preocupação. É evidente, que nem por isto estamos “omissos” diante de um mundo em constantes mutações, “físicas” e políticas...
... O ano 17 de março de 1962, quando nesta data dois jovens sem uma estrutura adequada se casaram, sem festas, pois, os parcos recursos não o permitiam, foi ofertado um singelo almoço para poucas pessoas. Daí para frente a realidade, da vida em si, não muito tempo depois conseguimos alugar uma singela casa, com um contrato bem estranho: o preço do aluguel seria um terço do salário mínimo, que equivaleria a 440 reais. Em 17 de dezembro nasce a nossa primeira filha Vanice. O menino, Saulo estevão nasceu em 20 de julho de 1964, quis o destino que vivesse tão somente dois dias, o que foi um trauma para o jovem casal...
Na época era bancário – ganhando em torno de um salário mínimo e meio - e a esposa trabalhava no comércio, mas pela complicação da primeira gravidez teve que se afastar do emprego. Em dezembro de 1966, tudo ficou mais difícil, após 8 anos fomo demitidos do banco. Não muito tempo depois, se abriu uma “luz no final do túnel”, enveredamos nas lidas do comércio, por indicação de um saudoso amigo, que desde a muito não está mais entre nós, pois veio a falecer com menos de 40 anos...
Com esta nova atividade, propaganda médica e vendas, a vida, no aspecto material foi melhorando aos poucos, tanto é verdade que conseguimos a casa própria, e até a compra de um VW 0 km.
Em 67 nasce nossa segunda filha Marylene, em 70 a nossa caçula Nice Hellene, as três conseguiram uma formação universitária, e atuam no magistério, dessa união conjugal, que teve um começo difícil, resultaram em quatro netos e três bisnetos.
É evidente que a vida dos anônimos, passa despercebida por muitos, porém, para quem viveu e evidenciou é deveras importante. Fica a “mensagem”, Viver! Amar! Vale a pena. As dificuldades de nossa caminhada fazem parte do aprendizado, quando uma “porta” se fecha, Deus na sua Magnânima Sabedoria abre uma outra... Hoje, ambos estão com 82 anos, no acaso da idade, ela, a esposa, - Helle Nice - com mais limitações, pois desde algum tempo está se recuperando de um AVC., o que exige permanentes cuidados de nossa parte, e de nossa auxiliar de serviços gerais, que vem até nossa casa as terças e sextas feiras, e sempre que possível as três filhas colaboram... 16h27min.
Curitiba, 04 de dezembro de 2023 – Reflexões do Cotidiano - Saul
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