SORTILÉGIO DE NATAL "A nuvem sombria sobre a Vila dos Manola"
Ó Deus, testemunha silenciosa do destino, na véspera de Natal, uma nuvem negra pairou nos céus da pacata vila dos Manola. Era como se o firmamento, geralmente bordado de estrelas e promessas de esperança, agora se revestisse de um manto sombrio, antevendo um Natal que seria tudo, menos sereno.
No coração da vila, a expectativa típica daquela época dava lugar a uma tensão palpável, como se o próprio ar carregasse o peso de uma maldição iminente. As ruas, normalmente adornadas com luzes festivas, mergulhavamdas na penumbra, e o tilintar alegre dos sinos de Natal era substituído por um silêncio carregado de inquietação.
O sortilégio pairava como um segredo sussurrado pelos ventos noturnos, ecoando nas esquinas onde as sombras se entrelaçavam. As árvores natalinas, antes de símbolos de celebrações, agora observamos testemunhas mudas de uma trama invisível que se passou.
Nas casas dos Manola, onde a preparação para a festa deveria estar em pleno vapor, reinava uma insónia coletiva. O riso alegre das crianças foi substituído por vozes cautelosas e olhares que buscavam respostas nos céus escuros.
O presépio, que normalmente irradiava paz e reverência, agora emanava uma aura enigmática. As figuras sagradas, esculpidas em madeira e pedra, deixam de testemunhar a agonia silenciosa da vila, presa entre o profano e o divino.
Oh, Deus, qual sortilégio recaiu sobre os Manola? Que maldição obscurece as estrelas nesta noite tão especial? Nas almas intranquilas da vila, a busca por respostas é como uma viagem sem trilha definida, temendo o desconhecido que aguarda na escuridão.
Na véspera de Natal, a nuvem negra tece seu sortilégio, lançando um véu sobre a alegria que deveria ecoar pelas ruas. Que Deus olhe para a vila dos Manola com olhos de misericórdia, desfazendo esse encanto sombrio e trazendo de volta a luz que sempre brilhau em seus corações.