COP28 E O BRASIL
COP28 E O BRASIL
O ápice do aluamento e do despropósito.
Primeiramente pelo local escolhido para sediar a COP, que bem poderia ser rebatizada de Conferência do Petróleo, ou alguém acredita que, os maiores produtores mundiais de petróleo, tem como meta lutar pela mudança da principal matriz energética em nome da preservação ambiental.
Em segundo lugar, note-se que os mandatários dos países que são, os maiores responsáveis pelas mudanças climáticas, oriundas da emanação de gases de efeito estufa, não compareceram ao evento. Respectivamente, China responde por 30% das emissões, EUA 20%. Além disso, da Europa apenas a França compareceu com seu primeiro-ministro, que aproveitou a oportunidade para torpedear, por puro protecionismo, o acordo UE-Mercosul. A Europa responde por 17% das emissões. Índia e Rússia por 12%. Assim os responsáveis por 79% das emissões, creio, não tem qualquer compromisso com o tema, a não ser em terras alheias.
Outro ponto é o custo econômico-ambiental para a realização de tal evento, num tempo que a comunicação a distância move qualquer barreira. Despesas de traslados, hospedagens, alimentação e outros, poderiam servir para amenizar, mesmo que temporariamente, mazelas que não param de surgir no âmbito social do mundo. Só de combustível fóssil (querosene de aviação) utilizado em aeronaves, somam-se milhões de dólares.
Também não podemos esquecer que países que se dizem defensores do meio-ambiente lastreiam sua exuberância social nas rendas do petróleo. O maior exemplo é a Noruega com a Equinor.
Portanto, é risível que o Brasil sofra pressões visto ser responsável, por apenas 2% da emissão de gases com efeito estufa e fique servindo de válvula de escape, para os verdadeiros responsáveis pelas emissões de gases poluentes.
Seria muito mais produtivo e representativo para o nosso meio-ambiente que o Brasil fizesse esforços para ampliar suas redes de coleta e tratamento de esgoto, disposição e tratamento adequado de lixo, não terceirizasse a ONG’s o controle de biomas
e investisse na cessão de educação de qualidade a seus jovens, para que não sirvam de massa de manobra ou inocentes (in)úteis aos interesses dos verdadeiros vilões do clima.
Afora isso, a contribuição de países ao Fundo Amazônia e outros, não passam de esmolas e arregimentação de pessoas sem caráter que usam recursos em benefício próprio ou de interesses escusos. O Fundo Amazônia estabelecido em 2008, passados 15 anos recebeu até o momento a esmola de aproximadamente US$ 680 milhões.