Uvas-Passas, Maçãs & Afins ...

Pois é, o natal está batendo na porta. O ano passou tão rápido que assusta. Sensação de tempo curto ou tempo corrido? Não sou fã dessa data e qualquer outra do estilo, porque me passa a única finalidade de gasto exacerbado, e nada mais além disso.

Por outro ângulo; as pessoas a festejam como se estivessem em um clube brega com " músicas" mais bregas ainda. Fora o estridente som entre gargalhadas alteradas. Uma euforia descabida que me incomoda. Depois vem os fogos de artifícios que é muito mais brega e repulsivo. Só servem para assustar os animais, contrariar as pessoas idosas e geralmente doentes. Entra também a bebida; a ponto da língua enrolar e a fala ficar arrastada. E a comilança de tudo que há na mesa. É muita cafonice pra minha cabeça.

Como sou contrária a tudo isso, "festejo" de forma simples e como um ser normal ou anormal, como queiram. Além do mais, ninguém sabe ao certo a data do nascimento de Jesus. Mas não me estenderei à esse fato, até porque não sou historiadora , porém, sempre fui curiosa.

E o que me deixa alegre nessa sublime data? É o arroz com passas e a salada de grão de bico com maçã!

Eu sei que isso deixa muita gente triste, incluindo os meus filhos: - Mãe, pelamor, passas NUNCA! Então eu respeito e deixo potinhos à parte na hora de servir. Eu sempre amei passas, abacaxi, manga entre outros docinhos /ácidos misturados no arroz. Mas o problema são elas; as pobres uvas desidratadas que ajudam o intestino a funcionar direitinho; além de deliciosas. Mas, assim como as maçãs, que também são massacradas e crucificadas. Que Jesus tenha piedade!

Alguém aqui gosta de passas, maçãs ou quaisquer outras frutas misturadas aos alimentos salgados? Gostaria de saber. Quem sabe a gente não funda uma "Associação das Nossinhorinhas das Passas e Maçãs dos Impossíveis"!?

Vocês devem estar ou não perguntando nesse momento de que forma eu "comemoro" essa data, não é? Muito simples, me reúno com poucas pessoas que frequentam a minha casa, com os meus filhos humanos e os filhos patudos. Jogamos conversa fora, colocamos as fofocas em dia, todo mundo ri e gargalha, mas, uma gargalhada sem a semelhança de quem toma tarja preta e se enche de cerveja. Ceamos, assistimos à filmes (somos cinéfilos), escutamos música, enfim, é tudo bem aconchegante, ou seja, somos pessoas que compartilham esse momento sem desprezar a data comemorativa. Alguém pode puxar uma oração ou apenas agradecer, e geralmente é o que eu faço.

E se vocês me perguntarem eu digo que não tenho religião, embora me considere e me sinta espiritualista. A minha filha é Atéia e o meu filho um Rosacruz. Vale ressaltar para os desentendidos, que o ateu não é nenhum monstro e posso garantir que fazem obras de caridade (e eu nem deveria estar citando isso), se essa é a questão de alguns O fato é que a sociedade determina que temos que ser iguais ; gêmeos siameses, e não é assim que a banda toca, sinto informar.

Fui nascida e criada dentro da Igreja Católica Apostólica Romana, e presenciei coisas contrárias ao meu modo de pensar, portanto, me afastei porque tinha autonomia para isso. Mas amo São Francisco de Assis, Arcanjo Miguel, Jesus, Gandhi, Buda, Oxum... Pois acredito no espírito como realidade substancial.

Um Rosacruz, como é o caso do meu filho, é de caráter místico e filosófico. É o aprendizado a cada dia a ver Deus dentro de cada pessoa e cada ser vivo. Nas reuniões em que participei, nunca encontrei com Minotauros, mas posso garantir o quão relaxante a meditação.

Bem, resumindo, eu posso frequentar centros de umbanda, igrejas católicas e evangélicas; desde que, eu tenha vontade. Tudo que é forçado não vale a pena e soa falso. E eu não consigo sê-la. Perdoem-me.

Então, um viva às passas; às maçãs e todas as outras frutinhas misturadas no arroz e na maionese!

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Alceu Valença - Anunciação.

Kathmandu
Enviado por Kathmandu em 02/12/2023
Reeditado em 02/12/2023
Código do texto: T7945398
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