Cai sereno cai
No solstício de verão onde as noite são mais curtas lembro dos bailes que frequentava na juventude. Um olho no gato e outro no peixe ou melhor no relógio e na espera da boa vontade da paquera sempre acompanhada pelos pais ou uns dos irmãos. Disfarçando no terreiro via o sereno cair, o caminho descambava num trilho que os capins serpenteavam e as gotículas de orvalhos que com clarão do luar se assemelhava uma porção diamante teimavam não cairem.
Hoje vejo debruçado na janela a luzes dos poste a queda das gotículas e sinto saudade daquele tempo, meu Deus como mudou as coisas. Porém os serenos, o luar prateado, mesmo ofuscado pela claridade que vêm dos postes, não deixou seu romantismo morrer. Tenho dó de quem por ignorância ou pressa, não curti o charme dessa linda paisagem da natureza.