A DOR SEMPRE É RELEVADA NUM MOMENTOD E EUFORIA

Quantas vezes já ouvimos falar que sempre que há grandes concentrações, seja qual for o motivo, por exemplo, assistir um show de um renomado artista, uma grande partida de futebol, a recepção de um importante homem de estado ou da igreja etc. , se acontecer algum imprevisto com algum dos presentes, principalmente na parte física, pois na emocional, qualquer um que estiver ali se comportará como se estivesse anestesiado pela emoção, expectativa, euforia e fé para estar na presença do seu ídolo e ouvi-lo. Tirando as ocorrências violentas de tragédias, desabamentos, correrias, isto é, quando tudo ocorre dentro da normalidade, só um ou outro caso esporádico de desconforto, pequeno acidente individual é que a pessoa só sentirá após o ocorrido, ou seja, quando chegar em casa. Vejamos este caso.

Numa das visitas de um Papa, como sempre, a concentração de fiéis sempre é muito grande e numa ocasião desta envergadura sempre pode acontecer pequenos imprevistos individuais. Confesso que o que aconteceu comigo foi algo relacionado sobre este assunto sobre a relevância de uma dor num momento de expectativa ou euforia. Ao me deslocar de um local para outro para pegar uma condução, tive que correr um pouco e neste ínterim, sem perceber pisei totalmente de maneira anormal, mas nem liguei e continuei apressado para não perder aquela recepção religiosa e que eu muito aguardava. Mesmo um pouco cansado pelo transtorno da condução e do grande número de fiéis assisti à Missa campal e no retorno comecei a sentir o meu pé querendo sair do calçado, pois parecia uma bola. Aguentei firme e quando cheguei em casa foi que percebi que havia sofrido um entorse e precisava imediatamente de um atendimento ortopédico. Foi o que fiz. E com o atestado médico de cinco dias de repouso simplesmente acompanhei pela televisão todos os passos e pronunciamento do pontífice. Quando voltei ao trabalho tive que ouvir as pilhérias de alguns colegas sobre a visita papal, como por exemplo:

- "Não se trabalha mais quando o Papa vem ao Brasil, não é gente?"

- Verdade - respondi e completei: "Com muita fé em vou que a fé não costuma falhar!"

E realmente neste caso não falhou mais uma vez.