Colóquios

Voltei no sábado passado as maravilhosas alas minutas do Copa Rio sentando na minha mesa predileta e procurando algo pra escrever quando lembrei de uma conversa com meu pai a respeito de meu estilo literário de escrita, considerado coloquial demais.

Mas a constatação neste caso é que o público gosta deste tipo de coloquialismo que enfatizo em minhas histórias seja em quais estilos forem escritos.

O público que as lê, com exceções de algumas pessoas que prezam a escrita formal, quer sentir as mesmas sensações de cada situação que registro nestas linhas identificando-se com elas.

Trocando em miúdos, não desejam um trabalho acadêmico e frio e sim querem uma forma de alegrar suas vidas. Os leitores e leitoras fieis que sempre leem minhas produções, podem estar sofrendo dores tanto físicas quanto psicológicos ou a perda de algum parente ou amigo ou algo mais.

Se ficarem felizes com meu trabalho, já valeu a pena escrever sobre vários e vários assuntos ao longo dos anos.

Na época de faculdade, até tentei escrever formalmente de acordo com as regras do local querendo ser um pouco mais erudito. Foi um desastre completo.

Tudo porque meu estilo de escrita não se encaixava no mundo acadêmico e os professores diziam que era coloquial demais pro tipo que o curso de História exigia.

E é por isso que resolvi seguir este caminho tortuoso e fascinante chamado literatura.

Sem deixar de mencionar que muitas destas histórias em especial crônicas e alguns contos, o coloquial é essencial pra mexer com as emoções dos leitores e leitoras fieis fazendo-os pensar pra além de sua própria caixa.

Por isso que prefiro o coloquial. É leve, saboroso e divertido.

E também diferente. Exatamente do jeito que sou quando escrevo. Procurando algo que ninguém jamais tentou antes.

Termino esta crônica com uma constatação óbvia.

Uma vez coloquial, sempre coloquial.

MarioGayer
Enviado por MarioGayer em 25/11/2023
Código do texto: T7940090
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