Vive na correria? (Tratado sobre ansiedade)

Vivemos correndo.

O tempo todo.

Já percebeu isso?

Hoje em dia então, mais fácil ainda perceber...

Estamos sempre correndo!

Acelerados! Ocupados! Ansiosos!

Agitados! Apressados! Nervosos!

Impacientes...

... e estressados!

Estamos todos parecendo o coelho doido da fábula “Alice no País das Maravilhas”.

Conhece a história? Se lembra?

Alice se depara com o coelho correndo, nervoso, se dizendo estar atrasado.

Só que ele não percebia que seu relógio estava quebrado!

Estamos assim. Desse jeito.

Bom, pelo menos uma grande maioria.

Com pressa. Sem tempo.

Com isso, com essa sensação de “falta de tempo”, nos perdemos entre nossas necessidades e vontades.

Ficamos confusos. E perdemos a sensação de prioridade. Do que devemos colocar foco, atenção.

Começamos (por causa da pressa) a nos desequilibrar, nos desorientar e bagunçar nossa agenda diária!

E nossa vida, como um todo!

Por causa dessa pressa excessiva.

Porque não paramos para rever e reorganizar as nossas prioridades.

E culpamos essa “falta de tempo”.

E a usamos como justificativa.

Como desculpa pelo nosso descontrole.

Desculpa que, com o perdão pela sinceridade, sempre soa como “desculpa esfarrapada”. Desculpa fajuta!

O que vem a ser essa pressa, afinal?

Do que se corre tanto?

Por que se corre tanto?

Porque está todo mundo nessa correria?

Alguns fatores ou muitos até, concorrem para esse estado nosso.

Tentarei explanar a respeito.

E ao final, tentarei dar algumas soluções possíveis. Tentarei.

Vem comigo?

Em primeiro lugar, essa correria é uma fuga. Um escapismo.

Fugimos do que?

Das dores. Dos medos. Das derrotas.

Fugimos. Não olhamos para aquilo para entender, assimilar, evoluir, amadurecer e não repetir mais o erro. Ou os erros.

Fugimos. Não enfrentamos.

Nos colocamos fora de foco totalmente e não olhamos os erros. Não procuramos aprender com aquilo.

Aliás, fugimos porque o erro nos assombra. Aí temos e podemos perceber claramente a influência nesse processo de fuga, o ego, o orgulho e a vaidade.

O erro nos dá vergonha! E culpa!

Então fugimos.

Além do ego, atuando no orgulho e na vaidade, temos a preocupação do que “os outros” vão dizer ou pensar da gente.

Aí nos falta humildade para reconhecer que sim, erramos! E vamos errar mais ainda. Muitas vezes.

É a essência do ser humano, essa imperfeição natural.

Que não é muito aceita.

Há uma cultura desavisada ou equivocada sobre os erros. Uma crença negativa limitante.

Porque há pessoas perfeccionistas.

Mas existe, por acaso, alguma pessoa humana nesse planeta que seja perfeita? Que não erre? Não!

Então temos um desgaste, uma batalha inglória!

Não aceitamos o erro.

E nos culpamos!

E nos envergonhamos!

Por que isso?

Pela crença de que se eu errar, não serei aceito! Não serei amado! Não serei compreendido! Não serei aprovado! Mas a gente não consegue parar de errar. Por ignorância, por descuido, pelo inconsciente, seja lá o motivo do erro, nós continuaremos a errar.

Até o dia da nossa morte!

E ficamos nesse conflito!

Não entendemos ou nos esquecemos que é através do erro que iremos aprender com uma situação!

E se a situação se repete, se repete... é porque ainda não amadurecemos naquele quesito. Não aprendemos a lição! Repetição de padrões, de situações iguais significa que não aprendemos (ainda) a lição que o universo está nos apresentando.

E temos medo de assumir o erro, nos falta humildade e coragem para encarar esse medo!

Então fugimos. Escondemos. Ou evitamos de fazer algo, com medo de errar.

Mas acontece que a vida é similar a um vídeo game.

Se não enfrentar aquilo, se não superar, se não vencer... não vai pular de fase. Não evolui.

E repete o jogo. Tem que começar de novo.

Aí ficamos nessa roda viva. Nesse círculo vicioso.

Fugindo, evitando o que é o meio de aprender, de evoluir. Com o erro.

É aquela etapa do jogo do vídeo game, que chamamos de “chefão” ou enfrentamos um vilão.

Aí, não há opção, ou você enfrenta, ou para de jogar. Desiste! Sim, você pode parar, desistir.

Mas se quer continuar, evoluir, tem que enfrentar aquela etapa do jogo.

Aí você vai lá e entra em combate.

Apanha!

Não vai para a próxima fase. Não evolui no jogo!

E tenta de novo! E a apanha!

Muitas vezes no jogo (e na vida) precisamos parar e estudar a situação! Porque não passamos por aquela etapa?

Aí, no jogo (e na vida) muitas vezes precisamos recomeçar, ficarmos mais fortes, mais maduros, mais espertos, mais preparados para enfrentar e vencer a etapa que estamos emperrados.

Ninguém gosta de perder. Obviamente.

Principalmente perder tempo.

Não gostamos de dor, de tristeza, de infelicidade e por isso não encaramos.

Então fugimos. Fugimos do embate. Por medo. Medo de sofrer.

Aí vivemos correndo...

Na verdade, é uma auto hipnose que nós fazemos conosco.

Fazemos com que nós tenhamos impressão (que vira certeza no subconsciente) que realmente estamos ocupados, sem tempo (correndo), que não olhamos para onde deveríamos olhar. Num tipo de atitude infantil até.

Como aquele avestruz de desenho animado que coloca a cabeça dentro de um buraco para se defender. Como se isso resolvesse ou protegesse do problema.

Ou afastasse o problema.

Com a ilusão infantil de: se eu não vejo, não existe! Estou escondido! E protegido!

A maioria de nós fez isso na infância!

A gente cobria a cabeça com o cobertor e era como se fosse um campo de força protetor, contra os nossos medos noturnos.

Essa tal “correria”, é na verdade, muitas das vezes, uma sensação torpe e enganosa!

Sim, isso que estou falando, coisa da nossa cabeça.

Claro, óbvio que há pessoas que tem muitas tarefas o dia inteiro e realmente não tem tempo para coisas de menor valor ou importância.

E tem até aquele ditado: você quer que uma coisa seja feita? Pede para uma pessoa ocupada. Ela vai dar um jeito. Ela vai dar um jeito!

Ao passo que muitas pessoas se fazem de ocupadas, na correria e não conseguem fazer as coisas! Deixam até as de prioridade de lado!

Eu falei que vivemos na “correria”.

Tem sentido?

Você também está percebendo isso?

Pois bem, continuemos nosso estudo, nossa explanação.

Nós vivemos correndo do passado (fugindo) e querendo chegar rápido ao futuro.

Nessa correria toda, a única coisa que não percebemos é o presente!

Damos atenção justamente ao passado que já foi, não existe! E também focamos no futuro. Que igualmente não existe. É só uma possibilidade!

Queremos colher do futuro, mas muitas vezes não plantamos no presente (para colher depois!).

Falei que vivemos na “correria” para fugir dos “nãos da vida”, pois não aprendemos a lidar desde a nossa infância mais tenra. Não aprendemos a lidar com os “nãos”. Não fomos ensinados. Não fomos preparados.

Não aprendemos a lidar com a frustração de uma vontade ou necessidade que não foi atendida.

Falta ainda maturidade aos pais para isso.

Me permita um uma observação sobre os pais nesse processo.

Entendo que eles fizeram o que de melhor podiam por nós. Por amor. E pela cultura e sabedoria que eles tinham.

Então se eles não nos ensinaram lidar com as decepções da vida, não devemos culpá-los. Ou julgá-los! E perdoá-los!

Devemos hoje assumir a nossa responsabilidade, assumir o nosso poder pessoal e “ressignificar” essa questão em nós! Ou seja, não mais nos deixar sofrer por algo que nos faltou no passado, ou que não aprendemos.

Isso é olhar para o passado, enfrentar e finalmente mudar. Para “passar de fase”, entende?

Se ficar emperrado culpando os pais, se fazendo e se sentindo vítima, vai ficar preso lá!

E não vai evoluir! Amadurecer! Mudar sua vida!

Mas, é fato que ainda hoje, falta maturidade aos pais para isso. Para nos ensinar a lidar com as frustrações.

Aí, equivocadamente, hoje em dia, em vez de ensinar limites, disciplina, ordem, respeito aos mais velhos, às autoridades da nossa vida, em vez de ensinar a superar e a lidar com as frustrações, os pais querem, agem (como se fosse possível isso!) no sentido de não frustrar a criança. “NUNCA”. De não dar castigo. De não dar reprimenda. Não impor limites e nem regras.

Há pessoas que são contra até dizer “não”.

Não pode dizer não!

Para não frustrar.

E não ensinam a assimilar e lidar com as frustrações.

Não ensinam que não dá para ter tudo que queremos.

E aí, dão tudo que a criança quer!

Para não frustrar.

Dão tudo que podem e não podem para a criança.

Até fazem dívidas para dar aquilo que a criança quer.

Para não sofrer.

Para não ter decepção!

Pergunto: Existe meio de fazer com que alguém no nosso planeta, não sofra? Nunca? Há como evitar sofrimento? Decepção? Há como não ficar triste? Não seja traída? Tem como?

NÃO!!!!!!!!

Veja só, uma das consequências da fuga do “não” é a expectativa. A fantasia. A ilusão que o mundo deveria ser do jeito, forma e no tempo que ele quer.

Sem derrota! Sem erro! Sem sofrimento!

Sinto muito! De verdade!

Mas é impossível!

Sem derrota? Sem erros? NUNCA!!!

Hoje, modernamente, há escolas e terapeutas, e pensadores, etc. (ao meu ver de forma equivocada) que defendem e promovem torneios e competições onde não importa o placar ou resultado.

Porque ninguém ganha!

E assim, ninguém perde!

Para evitar a frustração de perder.

Em vez de ensinar o “espírito esportivo”, onde há ganhadores e perdedores. Como na vida, não só nos esportes.

É possível impedir o sofrimento na vida? Impedir perdas? Impedir tristezas?

Não! Não da forma como lidam com o mundo.

Eu adoro uma frase que eu ouvi uma vez do Luiz Antônio Gasparetto (não sei a verdadeira autoria, mas ouvi dele): “A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional! É uma escolha!”

Então o lance é aprender a lidar melhor com os obstáculos da vida. Impedir que aconteça não dá! Só dá para lidar de uma melhor forma!

O que hoje modernamente chamam de “ressignificar”.

Ou seja, dar outro significado.

Veja, vivemos num mundo de incertezas.

Cuja impermanência é a Lei Universal.

A Lei da Impermanência nos diz que: “Nada, absolutamente nada (nesse planeta, nessa dimensão) é para sempre. Não é eterno. Tudo se transforma continuamente, sofre desgastes, deteriora, oxida e caminha para a dissolução. Para o fim. Tudo acaba. Todo organismo vivo tem um ciclo de vida e depois morre.” É a Lei!

Isto nos lembra que não devemos ser excessivamente apegados. Pois tudo é temporário.

Voltando ao tema da correria que nos colocamos, veja bem, nem sempre é por termos muitas funções ou atividades, trabalhos a realizar.

É um estado emocional e psíquico que nos colocamos.

Por ansiedade normalmente.

Há pessoas que se sentem na correria, e chegam ao fim do dia e percebem que não fizeram metade do que queriam ou que se propuseram a fazer. Ou até que “tinham” que fazer. Ou até nem fizeram nada!

Como um mecanismo de defesa, a gente entra então num estado de procrastinação.

Adiando ou não conseguindo fazer o que deveria, ou queria ou necessitava fazer.

Na verdade, a procrastinação age como uma defesa inconsciente do nosso ser.

Algo como o sistema de resfriamento do motor do nosso carro.

Nossa cabeça louca, a mil por hora, acelerada, pensando mil coisas ao mesmo tempo.

Não sossega. Não acalma! Não se dá um tempo.

Tão louca em seus diálogos internos, que temos a impressão que se nossa cabeça fosse uma chaleira, ela iria ferver. Apitar. Que nem desenho animado!

Aí a gente para inconscientemente, para não explodir.

Aí vem a procrastinação. Que não é preguiça!

Não é falta de capacidade!

É um estado mental, emocional.

Para tentar desacelerar essa cabeça que não silencia.

A gente vai dormir, deita e a cabeça não para.

Aí a gente não sabe por que tem insônia!

Porque tem ansiedade!

Por causa da nossa cabeça que não silencia.

Mas aí, vem o sentimento de culpa (de termos deixado de fazer algo) e nos acelera de novo!

Mais ainda!

Caramba, quando vamos parar?

Quando vamos relaxar?

Nem de férias a pessoa relaxa.

Não relaxa nunca!

Há pessoas com a cabeça tão acelerada, que não conseguem sentar para ver um filme.

Ler um livro? Nunca!

Ou tem preguiça assumida ou fala que não tem tempo.

Que tem coisas mais importantes a fazer! (desculpa!)

Ouvir música? Só no fone, enquanto faz diversas coisas ao mesmo tempo. Ouve, mas não escuta direito. Não aprecia. Não “degusta” a música (auditivamente falando).

E com comida?

Com essa pressa toda, come rápido! Nem sente sabor direito.

Meditação????

A pessoa é tão agitada que não consegue se desligar do mundo, relaxar por 5 minutos que seja.

Pergunta: Esse estado de correria, está te ajudando?

Te faz bem?

Se sim, ok! Não tenho o que falar!

É contigo!

Mas se nos faz mal. Se nos sufoca, vamos continuar a tentar entender a coisa.

Veja só... nós vivemos correndo, certo?

Mas não conseguimos fugir do passado e seus erros, obstáculos e dificuldades.

E continuamos correndo em direção ao futuro, e não conseguimos novos acertos. Vitórias. Conquistas.

E com isso, nossa ansiedade vai ao topo.

Aí começa a refletir no físico. Na saúde.

É pressão alta, insônia, déficit cognitivo ou de atenção, diabetes, e mais um monte de doenças que derivam de nossa mentalidade. Do nosso emocional.

Outro problema decorrente é que essa tal correria, virou o “novo normal”.

Todo mundo “tem que ser” acelerado.

Não se conversa mais. Pela correria.

Não se experimenta mais a vida.

Sabe o que pode decorrer disso? Para algumas pessoas? Como elas não tem mais prazer (pela correria) precisam de um subterfúgio que pode ser todo tipo de comportamento compulsivo com comida, remédios, drogas, bebidas alcoólicas, sexo (promiscuidade ou pornografia), etc.

Sabe o que pode acontecer também?

Alta ansiedade, alta expectativa pode provocar muita tristeza. Depressão!

Pela correria a pessoa não tem mais prazer na vida, não se permite. E acaba até não conseguindo!

No caso de prazer sexual então, acomete muito a mulher, mais que o homem.

Não que não afete o homem. A ansiedade, a correria, podem fazer com que ele não tenha ereção suficiente ou ter ejaculação precoce. Já na mulher, como ela depende muito mais da cabeça do que o corpo, ela não relaxa o suficiente para ter orgasmo! Pela cabeça que não para.

Faz sentido?

Eu tenho certeza absoluta que você que chegou até aqui, se identificou em todo ou em parte com a minha exposição. Se não foi contigo, tenho certeza que veio alguém à sua mente. Lembrou de alguém aqui. Ou de muitas pessoas até.

Já percebeu como essa “correria” de hoje em dia prejudicou e prejudica as relações humanas? Diminui a habilidade social e afetiva das pessoas?

Porque estão com o que chamo de “síndrome do coelho atrasado da Alice no país das maravilhas”. Correndo! Que nem doidos!

E acreditam piamente que não tem tempo.

Não percebem a questão emocional dessa percepção.

E não percebem por exemplo, que pode ser também questão de prioridade.

E de organização.

Situação que pode ser emocional, mental ou até de saúde (no caso TDAH, tão falado hoje em dia).

Em tempo, TDAH significa “Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade.” Doença crônica que inclui dificuldade de atenção, hiperatividade e impulsividade.

Em geral, o TDAH começa na infância e pode persistir na vida adulta. Pode contribuir para baixa autoestima, relacionamentos problemáticos e dificuldade na escola ou no trabalho.

Os sintomas incluem falta de atenção e hiperatividade.

Os tratamentos incluem medicamentos e psicoterapia.

Essa questão do TDAH é questão de saúde.

Agora, nem todo mundo que apresenta características semelhantes de TDAH, tem realmente essa questão, que precisa e pode ser tratada.

O que me refiro aqui é tocante ao mental e emocional nosso! Condições da mente! Não de saúde!

Que é um caso totalmente à parte. É uma exceção.

Falo de organização. Dos pensamentos e das emoções.

Quer ver um exemplo disso?

Pessoas passam uma semana acampada na fila de um estádio para assistir um show do artista que ela venera. E chegam atrasados no ENEM!

Na FUVEST.

Nos compromissos.

Naquela reunião.

Naquela festa.

Pois é...

Há outro aspecto que influi nessa aceleração.

O consumismo exacerbado de hoje em dia!

Então as pessoas “tem que ter” um monte de coisas, que nem sempre são absolutamente necessárias.

Mas tem que ter.

Porque todo mundo tem!

Porque é sinal de sucesso ter certas coisas.

E o contrário, derrota, por não ter.

Aí as pessoas estão se matando, trabalhando como louco, não só por necessidade.

O que precisamos para viver de verdade?

A não ser olhar nossa vida e curtir! Experimentar, sentir.

Com calma! Sem pressa!

Claro que ao fim de tudo, todos nós queremos ser felizes, certo?

Mas não conseguimos ser felizes.

Vivemos na correria. Como ou quando vamos ter tempo de sermos felizes?

De ver a felicidade na nossa vida?

Como perceber então, essa felicidade?

Há quem pense até que ela não exista. Não acredita na ou em felicidade.

E você?

Acredita em felicidade?

Consegue ver? Sentir felicidade?

É possível? Hoje? Aqui e agora?

Ou vai continuar correndo?

Fugindo da frustração, da dificuldade, da decepção? Ou correndo atrás dessa pretensa felicidade?

Morrendo de medo dela não vir.

Ou morrendo de medo de não alcançar. Dela não vir.

Caramba (a gente pensa inconscientemente) se eu não alcanço a felicidade, não devo ser digno. Ou capaz. Ou merecedor.

Aí a gente fica com vergonha, se sente humilhado, se sente menos. E sente culpa!

Afinal, pelo jeito, estou me condenando à infelicidade.

A boa nova dentro disso tudo é que: você, e só você tem o poder em suas mãos de transformar isso dentro de você!

De transformar sua vida.

E de encontrar a felicidade.

Acreditar na felicidade.

Se permitir sentir felicidade.

Como seria?

Minha sugestão é: para! Para e se observe!

Para de correr (no sentido mental também).

Para de fugir, e olhe, observe seu passado!

Aquele que você corre, que você foge.

Olhe para ele.

Enfrente! Sem medo!

Sem culpa!

Acolha!

Entenda!

Estude a questão.

Aprenda com a questão passada!

Comece aceitando que no passado, se você não fez diferente, é porque você não sabia fazer melhor!

Não tinha uma consciência ou maturidade diferente para agir diferente.

Veja, você fez sim seu melhor.

E não cabe aqui mais a culpa!

Se perdoe. Se aceite. Você fez seu melhor!

E hoje provavelmente poderá fazer diferente!

E melhor!

Mas antes não sabia. Não podia. Não conseguia.

Então aceite!

E fique em paz consigo e com seu passado.

Vamos agora para outra etapa.

Olhe para você hoje...

Aqui e agora!

Você é o melhor “você” que existiu! Até agora!

Amanhã poderá ser melhor.

E deixe o amanhã.

Ele não existe.

Nem o passado.

Existe somente o hoje!

Sinta o hoje!

Sinta você!

Agradeça! Seja grato!

Pelo que tem!

Pelo que fez!

Pelo que viveu!

Pelo que experimentou!

Por todas as coisas boas.

E por todas as coisas ruins! Sim, elas te ensinaram algo!

Para de correr.

Sua cabeça vai explodir!

Seu corpo vai perecer. Se já não estiver tendo um monte de reflexos dessa aceleração, dessa ansiedade.

Que tal praticar meditação?

Meditação é uma prática milenar que não é ligada necessariamente a uma religião, ou seita, ou escola filosófica, ou à Índia, ou ao yoga somente.

Você poderá pesquisar na internet, há vários estilos de yoga, objetivos, modalidades.

Há várias formas de meditar, de relaxar, de acalmar essa cabeça!

A música pode ajudar muito nesse processo.

Pesquise, procure e irá achar aquela modalidade que se adequa a você!

Qual é o conceito de meditação?

Meditar é definido como a condição ou atitude de voltar-se para o centro no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si ou concentrar-se intensamente em algo.

Ao contrário do que muita gente pode pensar, meditar não é pensar, filosofar.

Ao contrário, ela busca tentar silenciar nossa mente.

Estudo internacional revela como a meditação pode ser eficaz no tratamento dos transtornos de ansiedade. Aqui temos então a ciência confirmando as benesses da meditação.

A meditação, apesar da incipiente aceitação no meio acadêmico, angaria adeptos e se coloca como auxiliar em tratamentos convencionais.

“A prática da meditação no Brasil ainda é nova, desconhecida e comporta muitos preconceitos”. É dessa forma que o professor Rubens de Aguiar Maciel entende o contexto da prática foco do Programa de Redução do Estresse, que coordena no Centro de Saúde Geraldo de Paula Souza, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.

Atualmente, mesmo no Ocidente, a prática da meditação, no âmbito da saúde pública, é de grande importância, uma vez que restabelece a saúde de uma maneira rápida, barata e auto administrável, explica Maciel. Ele aponta para os dados de que praticantes de meditação há quatro anos ou mais reduzem em mais de 70% a ida ao sistema de saúde e em mais de 80% a ida ao sistema de saúde mental.

Além da parte física, mental e emocional, a meditação pode ser seu momento de oração, de prece, de conexão com sua espiritualidade.

Vale a pena tentar.

Não tem tempo?

Para com isso.

Elimine essa desculpa esfarrapada.

Não consegue parar por 5 minutos!

Somente cinco minutos!

Para você! E por você! Por sua saúde, hã?

Não consegue?

Consegue sim!

É só uma crença negativa, um paradigma que te tolhe.

Que você precisa superar. Transformar.

Precisa lógico, se comprometer.

Evitar as distrações. Se organizar.

Difícil? Tente! Persevere! Se esforce!

Tem gente que vai pensar ou falar: nem tenho tempo de ir ao banheiro, vou meditar?

Está errado. Você se tolher de fazer necessidades fisiológicas?

A calma, a paz de espírito, a tranquilidade, a harmonia, são necessidades também! Da alma, da nossa mente! E da nossa saúde como um todo!

Conheci um mestre de yoga, que falava: “faça yoga antes que precise! Antes que sua saúde te obrigue!”

Lógico que dentro da yoga, temos a meditação também! (lembrando que a meditação não é exclusiva da yoga, não precisa ter vínculo nenhum com religião ou espiritualidade.

Só você se recolher, por cinco minutos.

Desligar o celular!

Ter a certeza que não será importunado.

Se sentar confortavelmente, com a coluna ereta, com os pés no chão.

Fechar os olhos.

As mãos confortavelmente em cima das pernas.

Uma música suave pode ajudar muito!

As chamadas músicas New Age.

Respire lentamente.

E observe essa respiração!

Não pense em nada mais.

Nada mais importa!

Tudo pode esperar.

Agora é você, com você!

Seu momento!

Inspire lentamente e expire lentamente!

Observe a respiração!

Foque sua atenção na respiração!

Nos movimentos do abdome enquanto respira.

Se aparecer pensamentos, ignore.

Volte a prestar atenção na respiração!

Vá relaxando.

Há pessoas que relaxam tanto, que dormem!

Cochilam naquele momento de meditação!

Ótimo! Significa que relaxou bem!

Faça isso por 5 minutos!

Pronto, você meditou! Sem perceber!

Sem se dar conta, meditou.

Requer um certo esforço? Organização?

Lógico

“No pain, no gain!” (expressão em inglês que quer dizer: sem dor, sem ganho!)

Faça meditação!

Faça yoga!

Caminhe (outra forma de meditar, caminhando!)

Cultive um hobby!

Leia ou ouça música para relaxar.

No mínimo uma hora antes de dormir, desligue a TV.

Não é muito bom para nosso subconsciente e nosso sono. Leia antes de dormir!

Tome um banho relaxante! Ouça música relaxante!

Se acalme!

Tome posse da sua vida!

Não deixe mais ela correr de você igual a um cavalo em disparada que você não domina!

Se acalme, antes que precise tomar remédio para tal.

Pare e encontre o prazer e a felicidade em existir.

A vida não deve ser uma escravidão.

Felicidade não é questão e sorte.

É escolha! É decisão!

Pare e seja feliz!

Decida ter essa felicidade!

Esse bom humor!

Você pode!

E merece!

Para e seja feliz!

Aqui e agora!

Enquanto é tempo!

Lembra da impermanência?

Pois é... se você chegou até aqui, te agradeço carinhosamente!

Uma honra para mim!

E uma vitória para você!

Sim, se programou, e achou tempo para ler meu “tratado” sobre essa correria, sobre ansiedade!

Quis compartilhar minhas experiências com amor, única e exclusivamente no intuito de tentar ajudar.

Provocar a reflexão!

Não tenho a pretensão de ser o dono da verdade.

Essas são minhas impressões, de acordo com minha vida, ensinamentos e experiências! Só isso!

Que aqui compartilho!

Espero que eu possa em algum momento te despertado algo de bom. Incentivado a se cuidar emocionalmente e não deixar o estresse a ansiedade arruinar sua saúde!

Não descarto em hipótese alguma a necessidade de cada um (é preciso cada um sentir isso, investigar isso em si mesmo) de algum tipo de terapia para auxiliar.

Dei algumas sugestões como hobby, meditação, etc.

Mas você pode ter um distúrbio tipo TDAH e necessitar diagnóstico de médico. Ou depressão! Ou ansiedade. Ou alguma disfunção que não me ocorre.

Se a questão é medica, deve procurar um especialista, médico psiquiatra.

Pelo amor de Deus, nem cabe mais aqui o preconceito de quem vai ao psiquiatra é louco, demente, etc.

O psiquiatra trata também de psicopatas, etc.

Mas pode diagnosticar e tratar sua ansiedade, compulsão, insônia, etc.

E claro, o médico irá lidar, tratar com os sintomas principalmente os agudos, ministrando medicação com receita.

Mas não exclui um trabalho multi disciplinar, no sentido de junto com o psiquiatra, fazer uma terapia com psicólogo, ou análise com um psicanalista!

E também há uma série de especialidades das chamadas medicinas alternativas, como acupuntura, a própria meditação, etc.

Há vários caminhos!

E é necessário uma coisa só: você se cansar ou sofrer com essa “correria” e querer mudar isso em você!

Querer mudar de padrão emocional!

Querer ter mais paz, calma, equilíbrio e harmonia na vida.

Basta querer mudar.

E desacelerar.

Afinal, na fábula da corrida entre o coelho e a tartaruga, não foi o mais veloz que venceu!

E sim o mais sábio!

Se cuide!

Um abraço fraternal amoroso!

Namastê!

Paz Profunda!