RESOLVIDO NO SOCO...
Resolvendo no soco.
Volto-me para os pátios do Felipe de Brum.
Aquela reunião de alunos incentivando algo.
Era algo quase comum na esfera do comportamento.
A gurizada se debatendo em pendências mal resolvidas na fala.
Logo vinha o duelo...
De um lado um com as mãos fechadas e erguidas na altura do peito.
E o outro (de frente) em mesma posição e esperando o primeiro soco.
E a galera fazendo roda em alaridos desafiadores.
Queriam um desenlace bruto e violento (que um acertasse bom soco).
As apostas corriam soltas.
Os combatentes se inflamavam ante o sangue quente que subia para a cabeça.
E a luta estava em pleno andamento.
Sempre tinha um mais forte.
O rosto adversário acusava o primeiro golpe.
O sangue escorria do nariz e da lesão nas sobrancelhas.
Não havia mais o que fazer.
O líquido humano freava o ânimo da torcida enlouquecida.
O agressor percebia certo senso crítico da galera.
Era o momento de parár.
A essas alturas as autoridades escolares já se apresentavam no local.
O BOLETIM já tinha sido manchado.
Era um dos resultados além das escoriações e de roxo no rosto do perdedor.
Mas, ninguém puxava arma, ou ameaçava de puxar.
Era tudo resolvido no braço.
A única solução do embaraço.
Aí vai meu recado.
A VIDA cotidiana não pode ser mais que isso...