Ayahuasca

Uma veia nativa, daquela dá mais tenra idade, talvez seja nossa célula mater, que no entorno dela ilumina, toda nossa existência, tida como evoluída.

É os pés descalço, a chuva repentina, o sol escaldante, a sombra de uma arvore no terreiro, enfim certos momentos dá infância lembrados agora, talvez tenha-me parido, um espirito primata, assim como um espirito natural tão indígena, que o nativo vai em mim e, foi tornando-se inesquecível, enquanto evoluía para um cidadão, cidadão de uma sociedade tida como moderna e evoluída.

Gosto deste conceito natural dá evolução, principalmente agora, que já me foram tantos anos vividos, expostos no memo mundo, onde os primatas se permitia por necessidades primárias, tomar decisões de sobrevivência a partir destas experiências.

Porem como em um certo registro natural, de um "DNA existential", as lembranças destes momentos expostos na infância, nos permite refletir sobre um espirito nativo, que nos acompanha, desde do berço aconchegante que a sociedade evoluída nos permitiu.

Assim existe pra mim uma proximidade espiritual indígena, quase inconsciente nas cidades, com seus bairros e seus quintais, como nas tribos e suas malocas, nos permitindo uma natureza humana, maior que qualquer ideia divina, que exclui dá realidade uma só verdade, de respeito á vida.

Por vezes em excursão por mata fechada entendia, por onde via as sombras das arvores, os ares de uma imensidão escura e úmida, em um quase total silêncio, onde as curiosidades dos bichos, me parece estar no observar um intruso, como talvez a observar um desorientado ou embriagado, que sem atenção adentra em um seu templo milenar, cheio de significados e cuidados, que ainda hoje desconhecemos.

Dos córregos que por lá atravessei, percebia o mistério dá vida, que continua insistentemente abrigando tanta vida, com seu frescor e pureza. Talvez toda floresta tenha em seu espirito, mais santidade nos agraciando, que os imponentes templos, por mais belos e bem elaborados já criados, nas ricas cidades dos nossos estados, deste nossos país, ou dos países espalhados neste mundo.

Então como um primata evoluído, procuro proximidade com estes templos naturais, nos momentos que posso e, assim vou me encontrando criança, tão primitivo e feliz, como os animais livres daquele abitar. E também fico refletindo na sorte que faltou aos indígenas de uma atenção de um Estado Nacional mais humano.

Assim também enquanto primata evoluído, como um adulto feito criança, programo por lá meus passeios, bebendo dá Ayahuasca eventualmente, permitindo um transe em meu tempo, pela cultura inocente indígena, me fazendo criança de pés descalço na chuva, dos meus anseios.

Encontrando na lembrança do meu berço, uma irmandade nativa, que vivendo no relento imortaliza minha alma, hoje já cansada pelo tempo vivido