Tinha que ser o Chaves mesmo!
Foi "sem querer querendo" que assisti pela primeira vez o seriado do menino pobre e órfão que dormia dentro do barril. E "sem querer querendo" rachei o bico de tanto rir. E de lá pra cá, tenho usado a série do Chaves como um antídoto contra o mau humor. Um ditado budista diz: "O caminho para a felicidade passa por saber rir, especialmente de si próprio." O humor é o primeiro passo para a emancipação do espírito. Você já viu um Buda triste?
Quem nunca deu umas boas risadas com as trapalhadas da turma da vila mexicana, certamente deve ter passado as últimas 3 décadas fora de órbita. Tinha que ser o Chaves mesmo! Se fosse possível sintonizar todas as emissoras de TV ao redor do mundo que ainda transmitem as historinhas do Chave, as gargalhadas chegariam até aos confins do universo e os extra-terrestres conheceriam a melhor forma de comunicação dos humanos: o riso. Não o riso sarcástico e estúpido dos homens pequenos, mas sim o riso libertador e inocente dos homens grandes. E nessa fronteira que o humor do programa de bordões geniais se encontra. A vantagem de ver Chaves é divertir-se muitas vezes com as mesmas coisas como se fosse a primeira vez. Isso só pode ser encantamento!
Não foi "sem querer querendo" que o Chaves invadiu a nossa telinha, e chegou até aos mais distantes rincões do mundo. O riso por si só não chegaria tão longe... Só mesmo a força avassaladora da alegria seria capaz de ir tão longe, bem perto da morada da Felicidade. Chaves é sinônimo de amor! Amor aos grandes mestres da arte cômica, amor aos grandes clássicos da literatura, amor aos ideais, amor ao trabalho, amor à família, amor aos amigos, amor à simplicidade, amor à cidadania, amor à humanidade, amor à vida, enfim, amor pelas pequenas coisas que fazem bem ao coração. Isso, isso, isso é Chaves!
A bem da verdade e da justiça, Roberto Gómez Bolaños não precisa ganhar uma estrela na calçada da fama para se eternizar. A cada dia que passa, ganha milhares de novos fãs, que não perdem a oportunidade de propagar aos quatro cantos do mundo todos os seus talentos, reforçando ainda mais a sua graça natural, despida de qualquer vaidade. Obrigado, Chaves! Você me deixa looouco de tanto rir!