A Revolta
... E lá estava ela! Na sua face havia o cansaço somado à preocupação e as dores sentidas pelas feridas provocadas! Sua débil voz se faz ouvir:
-A vocês, sempre dei tudo de mim. O pão que saciou a sua fome, a pura água que a sua sede saciou e as vestes que vocês usam. Busquei a duras penas de tudo provê-los, mas de nada adiantou! Não quiseram ouvir-me. Vocês sempre ignoraram as dores que sentia e mais dores provocavam. Clamei por socorro, mas nada adiantou. Os meus gritos não foram ouvidos! Disseram que eu estava louca! Vocês ignoraram as minhas dores e os meus apelos – vocês não me escutaram! As necessárias relações simbióticas que deveriam existir para nossa sobrevivência, foram relegadas ao esquecimento. Levados pela desenfreada ganância da tola loucura do ‘mais ter que ser’, veio a decretar a nossa a pena de morte – minha, sua e de todas as espécies de vida! Nenhum de você murmurou um sussurro sequer apresentou para defender-me. Agora, tudo está acabado! É o fim!
-Mãe – por favor – não faça isso! Socorra-nos! – pedia a humanidade!
-Agora, é muito tarde! Nada mais posso fazer por vocês! Lamento a morte de tantos inocentes, mas a minha morte se tornou inevitável – dissera entre lamentos a Mãe Natureza demonstrando toda sua revolta com a destrutiva raça predadora: o insensível e insaciável Bicho Homem!
Prólogo:
Assim dizendo, a Mãe Natureza vira as costas para a humanidade e tudo se transforma no já previsível e anunciado caos. O calor graça por todo o planeta. Os incêndios destroem cidades e vilas. O frio, as nevascas, param aeroportos e obstrui estradas. As geleiras – ao se derreterem – estão aumentando o volume dos mares e oceanos. As cidades litorâneas serão – inexoravelmente varridas dos mapas. Tudo, agora, é exagero: o calor, o frio e chuva. O destruidor bicho homem não tem como controlar aquilo que ele próprio tornou incontrolável.
E por não mais haver o controle natural da Mãe Natureza sobre o Planeta Terra que moribundo está – a humanidade ficou fadada ao extermínio!
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Imagem: Google