A finitude das coisas

Quando um jovem ou um adolescente possui medo do mundo, da vida e do futuro, todos o vêm como um covarde, um fraco , um mole e consideram isto como irracional, lamentável e neurótico. Onde já se viu isso! É o que muitos pensariam ou ainda pensam sem ao menos conhecer a pessoa e nem ter nenhuma convivência com ela, mas já fazem certos pré julgamentos e conceitos. Eu, certamente também passei por situações bem semelhantes e olha que eu tinha sim medo deste mundo tão estranho, daquela vida real difícil ao qual eu vivia e também medo do que viria no futuro. Sim, medo do futuro, medo de continuar naquela situação difícil, medo de não conseguir superar meu próprio medo. Por isso que há certos momentos na vida em que temos que tomar certas decisões e que só você deverá fazer isso e foi assim comigo com medo ou sem medo.E isto eu tive que aprender desde cedo em plena época de adolescência onde o mundo era colocado de forma mais estranha possível e de difícil encarar. É claro, tive muito tempo de avaliar a situação antes de tomar uma decisão definitiva. A situação atual daquele jeito que era não melhorava e teimava em impulsionar essa tomada de decisão. E foi assim comigo e quem sabe com muitos outros que também passavam por situações difíceis. Eu com toda a minha inexperiência tomei a decisão. Não tenha dúvida! Eu precisava ir embora. Sair daquelas coisas que não me mostravam e nem acrescentavam nada. Agora, eu era um jovem e com muito pela frente para viver. No entanto, se um homem que está em seu processo de envelhecimento sente pavor, ou até mesmo temor mortal de que suas expectativas de vida são apenas de poucos anos, isto nos remete aos sentimentos que trazemos dentro de nós e a tendência que temos é de desviar o assunto. Da mesma forma que existem jovens que, no fundo, tem um medo da vida (que eles ao mesmo tempo desejam grandemente), também existe um número, talvez ainda maior, de pessoas idosas que tem o mesmo medo em relação a morte (JUNG, 2011). Você já parou para pensar na finitude das coisas?

Benedito José Rodrigues
Enviado por Benedito José Rodrigues em 17/11/2023
Reeditado em 17/11/2023
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