FACILIDADE
Francisco de Paula Melo Aguiar
Em tempo de redes sociais quem manipular mais consegue com facilidade enganar gregos e troianos, o que não falta é argumento milagroso.
No caso brasileiro, por exemplo, as autoridades governamentais, tais como as delegacias de defraudações e de combate aos crimes virtuais, que o diga, tem gente vendendo e resolvendo tudo com facilidade que nem na lua existe mais. Vendem até a vida eterna. E isso é o ano inteiro, sem precisar sair de casa.
Tem gente comprando escada para acessar o céu e o inferno emocional, sem juros e correção monetária e de quebra ainda dar um presente surpresa depois que pagar o PIX, tamanha é a lavagem cerebral dada de graça ao cliente.
Tudo depende da necessidade do cliente, se tem algum problema a resolver, a turma do resolve tudo e com facilidade não perde para ninguém. Basta dizer por exemplo que tem pressão alta ou diabetes. Aí começa a manipulação da fórmula milagrosa com a apresentação de vídeos dizendo como o milagre da "cura" acontece.
Tem argumento de baixar avião, de fazer cego vê e aleijado andar.
Uma vez feita a cabeça do cliente, ele se transforma numa espécie de cristão novo, terreno apto para aceitar a verdade ou abismo que se submeteu em comprar, pagar e não receber a fórmula milagrosa ou a caixa contendo o milagre oficioso de são nunca. Até o governo federal tem sua marca original usada indevidamente a qualquer custo em plataformas diversas para vender facilidade e tomar o dinheiro do povo, como é o caso da compra e venda de passagem aéreas, objeto anunciado pelo Governo Federal e a turma que não dorme no ponto já está operando, vendendo passagens, antes do plano do governo começar a operar.
Infelizmente, onde está o poder do Estado Brasileiro que não faz uma legislação urgente para obrigar todas as plataformas usadas para fins criminosos, responderem civil e criminalmente por tais facilidades, prender os bandidos e tomar o dinheiro de volta? A cultura que se tem é de que o crime compensa no imaginário nacional diante de tanta facilidade.