Há sintomas perceptíveis quando estamos à beira da morte, tal como a alteração do estado de consciência, apesar de que muitos conservarem a lucidez até o final, a sensação de afogamento, a dor, alterações alimentares, psicológicas, respiratórias e certa confusão mental.
O declínio cognitivo e a perda da consciência funcionam como meio de defesa da pessoa para livrar-se da agonia. As vezes ocorrem delírios e os faz oscilar entre um estado de agitação e outro descanso. O engraçado é que a única certeza da vida é justamente a morte.
Por isso, fazer um pente fino na vida, separando o joio do trigo. Separar o que foi ruim e traumático, do que foi positivo e frutífero. Engraçado que dos tropeços angariamos um aperfeiçoamento em caminhar e prestar maior atenção as armadilhas que existem no meio do caminho. Parodiando Drummond, "no meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho". De qualquer maneira, é muito difícil e exige muita lucidez para separar o que há de bom e o que há de mau na vida. Até porque a integração é tão óbvia e sub-reptícia. Tudo que precisamos é um sentido na vida, valores, afetos e alguma esperança.