A idosa e sua boneca de pano
No colo a ninar balança o corpo enquanto a alma paira no ar, na cadeira de fio sentada imagina seu bebê adormecendo. O peso dos anos, os mal tratos corroborarão para essa viagem no tempo, cometida por limitação parcial e um surto psicótico vivi de sonhos de um passado irreal. Focada numa obsessão permite se comportar como tal. Descendente de italiano, ainda moça é forçada a trabalho pesado conhece seu amor, por uma obra do destino foge deste lugar perde contado com o namorado sozinha, e com muito custo sobrevive casa e forma família bem distante dali. No colo embrulhado em uma toalha de renda branca, aquele pequeno manequim fantasia a mente cunhada, endurecida, pelo choque remetido de um penhasco que turvou, desalinhou, tirando do plano da realidade levando a cuidar de algo que é estático e não tem vida naquele asilo municipal.
As cenas de uma bonita jovem de outrora que decidiu aventurar-se mas não contava com as astúcias de imensos blocos de pedra no seu caminho culpado por tirar seus sonhos e busca na boneca de pano o consolo de uma mãe tentando criar o bebê que tirarão dos seus braços enquanto dava de mamar.