ONDAS DE CALOR

Não há nada de novo ou de excepcional nas ondas de calor que ocorrem periodicamente por toda a Terra.

É fato corriqueiro motivado pela formação de baixa ou alta pressão atmosférica.

Entretanto os registros mostram que está havendo, anualmente, elevação gradual das temperaturas.

Claro que isso é motivo bastante para os arautos do fim do mundo e os espertalhões do “efeito estufa” fazerem o maior alarde contra utilização de combustíveis fósseis e tirarem as vantagens financeiras dessa falácia.

Todo mundo sabe que aquela construção coberta com membrana transparente, para que os raios solares passem e aqueçam o ar contido no ambiente se chama estufa.

Ela serve para aclimatar plantas exóticas ou cultivar aquelas que não suportariam as variações de temperatura e umidade no campo aberto.

Dentro da estufa, o controle da temperatura e umidade é feito abrindo ou fechando passagens para o ambiente externo.

Por outro lado, todos nós sabemos que os gases tendem a se expandir e que a Atmosfera perde 0,6ºC a cada 100m de altitude.

Fica então a pergunta: onde está a construção que envolve a Terra e mantém toda atmosfera presa e aquecida?

A natureza não é estática. Tudo se modifica a todo instante e justifica a frase atribuída ao filósofo Heráclito “ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio”.

Nosso planeta faz parte do sistema Solar que, com outros zilhões de estrelas e seus anexos, compõem a Via Láctea.

Esta e suas semelhantes, flutuam dentro do universo e cumprem a migração que talvez seja a causa desse aumento de temperatura.

Em astronomia tudo é muito grande.

O sistema solar está a 30 mil anos luz de distância do centro da Via Láctea e a estrela mais próxima de nós está a 4,3 anos luz de distância.

Se é difícil avaliar o tamanho da distância de um ano luz, imagine avaliar o tamanho do universo e o que pode acontecer nesses espaços por onde os corpos celestes trafegam atraídos ou rejeitados pelas forças gravitacionais.

Desconhecemos 99,9% do que ocorre lá fora.

Não sabemos em quais pontos dessas trajetórias estão as energias causadoras de elevação de temperatura ou glaciações.

Se estamos sendo atraídos por um buraco negro capaz de “engolir” o sistema solar ou recebendo os raios de tempestades estelares ocorridas há zilhões de anos luz.

Neste ano 2023, aquele imenso volume d’água aquecida no Sul do Oceano Pacífico que chamamos “El Niño”, vai ficar mais tempo conosco, vai alongar suas férias até abril próximo.

Podemos então esperar seca, onde normalmente chove; chuva, onde normalmente há seca; comportamento anormal das zonas de baixa ou de alta pressão que deslocam frentes frias e formam ciclones, tempestades, ressacas e outras amenidades.

Portanto, mesmo que sejamos capazes de interferir no clima em microrregiões eu não acredito que, por nossas ações, o fim do mundo esteja próximo, mesmo porque tudo o que está acontecendo no presente já ocorreu muitas vezes e tornará a ocorrer ainda que a Via Láctea seja englobada por outra, outra e mais outra...

CITAÇÃO

Ano luz - Unidade de distância definida como a distância percorrida pela luz, no vácuo, em 1 ano. 1 ano-luz = 10 trilhões de quilômetros ou 10 elevada à 13ª potência.