O SUS E A UNIVERSALIDADE DO ATENDIMENTO DE SAÚDE.

A história do pobre e da saúde se confluem, se unem na luta pelo não abandono. Até mesmo na Bíblia os pobres eram vistos com desdém e enxotados da assistência de saúde precária daquela época. Menos pelo nazareno que os acolhi e os curava com sua graça. Não obstante, essa maneira de se pensar atravessou milhares de anos até o momento da criação da previdência no Brasil, posteriormente – com a criação da Constituição de 1988 – veio por meio de lutas da categoria pobre e sofrida o SUS – Sistema Único de Saúde.

Passamos então a cuidar de todos! Onde a saúde se torna dever do Estado e deve ser garantida a todos. Com essa união de poderes descentralizando a saúde pode-se dar assistência a todos de maneira universal, integral e com equidade. Tendo como porta de entrada a ESF – Estratégia Saúde da Família – é possível iniciar um tratamento desde o mais básico, ao especifico de saúde e a mais alta complexidade; sendo tudo feito pelos nossos impostos e recursos governamentais totalmente destinados a saúde pública. É possível ainda ter acesso ao serviço privado como complementar ao SUS quando este se encontra impossibilitado de proporcionar o atendimento, de maneira gratuita e mantendo os princípios citados do sistema de saúde pública, e o mais interessante é que se é preciso ir a outro estado ou país essa assistência gratuita ainda assim é garantida.

No entanto, o sistema é único e nós somos vários e muitas vezes com mais de uma comorbidade ou necessidade. E como todo sistema de saúde apresenta falhas, como a mais notável delas: a demora!

Porém, ainda assim com essa demora todos que o procuram são de um modo ou de outro atendidos e acompanhados até o final de seu trajeto dentro do sistema.

Mas e a questão do pobre? O Brasil é feito de desigualdades e o que o sistema tenta destruir é essa distância entre as classes sociais e desse modo, tenta atender toda e qualquer pessoa sem distinção financeira. Quem dele precisar será atendido.

Quem nunca fez uma consulta com sua enfermeira do postinho de saúde? Ela atende desde as pessoas em situação de rua aos milionários, basta procura-la. Não há distinção.

Isso é o que se chama saúde universal, todos tendo o direito a preservação de seu bem-estar garantidos por lei e possibilitados pelas políticas públicas nacionais.

Há do que reclamar, mas mais ainda do que bem dizer.