A verdadeira solidariedade!
Gente humilde a pedir para quem precisa.
Vezes sem conta costumam ver-se por essas cidades, por esse mundo, grupos de pessoas pedindo ajuda para aqueles que mais precisam.
É uma operação urgente, tratamentos urgentes fora do país, uma cadeira de rodas, enfim, apoio para quem precisa e não tem possibilidades nem recursos.
Gente simples, pondo de lado as suas necessidades, em grupos calcorreiam ruas e vielas, bairros e casas, pedem aqui, imploram além, na mais das vezes salvam vidas, ajudam a minimizar o sofrimento alheio.
Não o fazem para receber agradecimento.
Se o fazem é porque só os pobres têm aquilo que verdadeiramente alguém pode ter! Só os pobres sabem ser humildes, fazem-no por solidariedade. Sã solidariedade. Só aquela que vem do fundo da alma.
Esta a genuína solidariedade.
O outro lado da solidariedade mais sobranceira, mais vaidosa mais exibicionista.
Não raras vezes se ouve, se lê:
Um grupo de senhoras da""alta sociedade" seja na grande cidade, ou no salão nobre dessa nobreza rural da qual nada resta, apenas a falsa e hipócrita vaidade do modernismo que se vive, depois do chá, das confidências, das declarações de virtudes passadas dos contos e louvores dessa fidalguia que já não existe, chegada ao fim a magnífica refeição servida por dedicados e velhos “servidores”depois de tanta boa vontade mostrada: Tendo como finalidade este evento magnífico, oferecerem os seus elevadíssimos serviços a sua "boa vontade", á causa tal e tal! Assim mesmo.
A reunião termina com o elogio do costume os trajes de conceituados estilistas, as novidades do costume. E a vaidade cínica e hipócrita dessa gente que pavoneia a grandeza que diz ter. Falta-lhe no entanto a simplicidade da alma. A pureza do coração que se foi perdendo e se não renovou!
No desfazer de tão proveitosa reunião, No desfazer da "festa" o que sobra. NADA! Apenas o gosto amargo daqueles que precisam.