SAÚDE MENTAL E A ENFERMAGEM
Por que uma pessoa decide morrer? É um questionamento muito sério e deveras muito preciso na atualidade onde cresce cada vez mais o número de pessoas acometidas por algum transtorno ou doença mental moderada a grave, e a ressocialização muitas das vezes é bem dolorosa e difícil para quem cuida e para quem é cuidado.
Vamos colocar em números:
No site da ABRATA: https://www.abrata.org.br/, (Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtorno Afetivos) Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os transtornos mentais atingem cerca de 700 milhões de pessoas pelo mundo até o dia da publicação da pesquisa, representando 13% do total de todas as doenças que podem uma pessoa ser acometida. Desse modo, alguém ou é ou tem alguém com alguma doença de cunho emocional e que precisa de atenção multiprofissional com o intuito de tornar a vida desse indivíduo satisfatória a ponto de não permitir a evolução da doença.
Para isso a enfermagem conta com o cuidado especializado em saúde mental que torna o atendimento mais humanizado e compreensível quanto ao sofrimento daquele que tem doença mental. O enfermeiro(a) possui técnica e teoria para o cuidar, no entanto é necessário paciência e ciência de que a mente deste é singular e própria. Sendo assim, os diagnósticos de enfermagem – DE - podem ser usado como ferramenta de prestação padronizada do cuidado: exemplo, o risco de confusão aguda causada por abstinência de álcool e outras drogas.
Com esse DE é possível qualquer enfermeira(o) em qualquer lugar do mundo cuidar de um doente mental em abstinência de substancias, o que vale para todo DE que se relacione com o doente mental.
Mas a enfermagem possui uma sensibilidade maior que somente o uso de ferramentas cientificas e de pensamento crítico, existe algo a mais. Nós, enfermeiras (os) estamos lidando diariamente com o sofrimento, nesse caso o mental, e temos a chance de conquistar a confiança deste e leva-lo ao não abandono da terapêutica de saúde, como também a valorização de sua própria vida. Temos em mãos a vida do paciente, seu maior bem, e com empatia podemos preserva-la e reestabelecer seu convívio em sociedade, sabendo que é isso que o paciente quer e não perecer. Ele quer saúde, paz e harmonia em todas as suas dimensões biopsicossociais.