Um não à Violência
Ele chorava no meio daquela multidão, quase dezesseis anos apenas o menino Amir parecia carregar nos ombros a dor de imensidões de seres sofredores. Ali, naquele lugar, centenas de pessoas estavam amontoadas à espera da autorização para que em algum lugar do mundo os acolhesse, pelo menos desse um amparo digno que qualquer ser humano tenha direito de apenas viver.
Eu comecei contando do menino Amir, sim um dia ele vivia com seus pais, numa terra que pelas belezas das matas, das pessoas, até parecia com o nosso Brasil. Ele era igual a muitas crianças que tinham amparo dos pais, dos mandantes de seu país. Corria pelos prados, menino cheio de vida, talvez um dia encontraria o amor, completaria o desejo de viver. Viver aqui nesse planeta de todos, infelizmente em plena flor de idade, Amir começou a sentir o seu chão ir desabando, soube que muita gente estava sendo assassinada, da pior maneira possível. Não parou por aí, presenciou a morte de seus pais, pessoas más tiraram suas vidas na maior judiação. Ele correu bastante, dessa vez era do terror.
Exausto, não tinha mais direção, de repente é pego, quase aprisionado, foi colocado junto com aquela multidão que já estavam sem pátria. Lugar terrível, o adolescente completamente triste, a raiva tomava conta de todo seu ser. Providencialmente um velho estava sentado do seu lado, começa um diálogo:
--- não desespere, meu jovem, nem tudo está perdido. O menino exaspera:
--- desespero sim, sinto muita raiva, de todas vidas que me tiraram, muitas vidas destruirei!...
--- meu filho, se continuares com esse ódio é você que se destruirá, existe ainda o amor e...
--- o senhor só pode ser cristão, acredita ainda no perdão.
--- não importa a religião, o amor tem que existir. Observe aquelas pessoas ali, veja quanta bondade em seus corações, estão aqui, médicos enfermeiros, e outros querendo nos ajudar, muitos deles não são do nosso país, no meio de nós eles até estão no meio do perigo, quantos poderiam voltar para suas terras, viverem na maior tranquilidade no conforto que estão a qualquer hora às suas disposições, sim, estão aqui porque nos seus corações está aquela chama que não se apaga, o amor.
De repente o menino Amir é chamado, está entre os que vão ser aceitos em outro país, um alívio percorre no seu corpo, ao caminhar olha para o velho, mas esse faz sinal que pode seguir em frente, talvez a vez dele afastar também dali aconteceria.
Amir no avião uma áurea de bondade começa a transbordar em sua alma, com certeza os céus etária em festas, o mau não abocanhou mais um jovem, em vez do terrorismo um anjo de bondade resplandecia, imensidões de gentes já não sofreriam.
QUALQUER SEMELHANÇA NO RELATO OU NO NOME É MERA COINCIDÊNCIA, MAS A MALDADE E A BONDADE EXISTEM CONSEQUENTEMENTE O AMOR NÃO ACABARÁ...